Tudo tão estranho…

7 maio • NotasNenhum comentário em Tudo tão estranho…

Sequestro de trens no Rio de Janeiro, 25 ou mais mortos na favela do Jacarezinho, e os sites dos jornais tratam este e outros assuntos em segundo plano, inclusive a matança na cidade de Saudades (SC), com crianças mortas a facão. O primeiro plano vai para a CPI das vacinas. O mal que faz escrever com o fígado.

Como diz o escritor gaúcho Percival Puggina, a CPI da vacina vai acabar inocentado o vírus.

Pergunta

Em uma pesquisa, em uma oitiva em uma CPI, ou em qualquer tipo de investigação que vise solucionar ou entender um problema, os tipos de perguntas feitas, em relação ao problema, demonstram, se o indagador está realmente interessado em solucionar o problema, se apenas quer se promover ou se apenas quer fingir que está interessado com a solução do problema?

https://www.banrisul.com.br/bob/link/bobw02hn_conteudo_detalhe2.aspx?secao_id=3141&utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=blog&utm_campaign=cdc_sustentabilidade&utm_content=centro_600x90px

Resposta:

Se promover.

Um baú de dinheiro

Corre por aí que o banqueiro André Esteves estaria em negociações para comprar o SBT de Silvio Santos, apenas a TV. Avaliação inicial gira entre R$ 3,5 e R$ 5 bilhões. Silvio Santos poderia continuar fazendo o programa enquanto quisesse. Tanto Esteves quanto o SBT negam a informação.

A burrificação do país

Se na economia há esperança, na educação o futuro é sombrio. Além dos velhos problemas, há um afundamento na qualidade dos cursos superiores. Faculdades oferecendo doutorados por R$ 50,00 mensais, ensino à distância medíocre, alunos mal preparados e futuros profissionais liberais que não poderiam nem estar na faculdade.

Nos anos 1960, ficou famoso um samba que falava em “Doutor de anedota e de champanhota”, que ironizava doutores formados a facão, que se aproveitavam para curtir a vida boa porque eram despreparados para a labuta.

Entre as manias que nós temos

Tem doutor que fica chateado quando não é chamado de doutor. O Brasil está cheio deles. Magistratura vá lá, mas  Doutor com D maiúsculo só quem tirou doutorado. Parágrafo único: elimine-se os doutores de araque.

No Nordeste, Rio de Janeiro e São Paulo todo mundo é doutor. Em São Paulo até o boy da diretoria é. Os nordestinos cercam o título com uma certa admiração. No Rio, é estratagema de malandro para atrair a simpatia do doutor entre aspas.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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