Os perigos da selva

30 mar • NotasNenhum comentário em Os perigos da selva

O imaginário popular tem sempre presente que entrar em floresta significa correr risco de morte, tamanhos os perigos da fauna selvagem. Tem bicho grande, pequeno, enorme, tem bicho venenoso, seres rastejantes, galhos podres que podem cair na sua cabeça. Pode ter areia movediça, temperatura e condições de tempo extremas.

Em caso de perigo, não se pode apelar para ninguém. Leva horas para sair dela e, mesmo assim, pode ter saído do lado errado. Eventuais riachos precisam ser atravessados com risco de ficar com a roupa molhada dando chance a uma gripe ou pneumonia.

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Enfim um terror. Se for de noite, terror absoluto.

Agora, vamos atravessar a selva de pedra da cidade grande. Existe a fauna de mordedores à espreita, assaltantes que não hesitam em te furar à bala ou com faca. Reboco dos prédios ou marquises podres podem desabar sobre os passantes.

A meteorologia prevê uma coisa, mas dá outra e é grande o risco de ficar encharcado e com sapatos molhados por dentro devido aos alagamentos. Sai de manhã a 21 graus e de tarde está 39. Assaltantes pequenos e grandes estão sempre à espreita dia e noite.

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Para sair desta selva de pedra, tem que encarar o trânsito congestionado e, dependendo da saída mostrada pelo Waze, você pode parar no lugar errado da cidade. De repente, até em alguma favela perigosa.

Ponha sentido no prato e me diga honestamente qual dessas duas selvas é a mais perigosa. Mato você só atravessa uma vez que outra; na selva da cidade é obrigado a passar todo dia. E um bicho atropelar alguém no mato é muito difícil. Já na cidade pode ser atropelado até na calçada por ciclistas à toda.

Efeito contágio

Cada vez que a mídia conta ataques nas escolas, como recentemente, acontece o mesmo em outras cidades e países. Mas fazer o quê? Ignorá-los não é solução. Talvez seja bom não exagerar no mais do mesmo por dias e dias.

O exemplo do Viaduto

Na segunda metade dos anos 1960, era grande o número de suicidas que se jogavam na Duque de Caxias, do Viaduto da Borges, em Porto Alegre. Os chefes de reportagem policial dos seis jornais diários fizeram um pacto, de não publicar mais suicídios. Funcionou. Pelo menos naquele viaduto.

O cofre adega

Com o falecimento do proprietário, seu Jaime, as filhas estão vendendo o fabuloso estoque de vinhos que ele mantinha no restaurante Pampulhinha, de frutos do mar, na Benjamin Constant. A “adega” foi o antigo cofre-forte do extinto banco gaúcho Sulbanco. Uma curiosidade: na época, existiam também o Pampulhinha (na João Pessoa) e o Pampulhão (na Jerônimo de Ornellas). 

Lembra o jingle da malharia Garema dos anos 1960, que tinha lojas de um e de outro lado da avenida Farrapos: tem Garema quem vai, tem Garema quem vem.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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