Velozes e furiosos

23 set • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Velozes e furiosos

Com ou sem a MP da Publicidade Legal, os jornais sobreviventes terão que se adaptar aos novos tempos. De duas formas: uma para viver sem esse tipo de anúncio, e outra para encarar os novos tempos da informação. E da própria Economia, inclusive a mundial. O capitalismo assume novas formas, também do ponto de vista de distribuir mais renda. Em resumo, perder anéis para não perder os dedos.

CHEGUEI. ADEUS.

Aqui mesmo no nosso nado Rio Grande já se ouvem vagidos de novos conceitos empresariais, e não é de hoje. Um bom exemplo são as redes de churrascarias ou outras operações gastronômicas, cujos empreendedores não pensam como nós, plebe ignara, em crescer para ter um pró-labore suculento. Não, eles querem crescer para vender o negócio.

HOJE JÁ É ONTEM

Uma tendência é calcular a finitude do empreendimento. Começou com casas noturnas, quando o falecido Pedro Melo, que entendia do ramo, dizia – já nos anos 2000 – que o negócio era abrir e, depois de um certo tempo, fechar, para então dar lugar a uma nova, de acordo com os tempos velozes de hoje. Hoje já é ontem.

E OS JORNAIS COM ISSO?

Ou mudam ou morrem, e não se trata apenas da migrar para o digital. Falo sobre novas abordagens, não só dos fatos econômicos mas do dia a dia. Para ficar em Porto Alegre, alguma publicação já calculou o PIB do Morro da Cruz e como vivem, sobrevivem e eventualmente progridem com seus pequenos negócios? Mesma coisa com a economia ao longo dos afluentes do Guaíba. O que comercializam, o que compram, e qual o tamanho dessa riqueza?

O CACOETE DO OFICIALISMO

Temos esse hábito, essa cultura arraigada há décadas de cobrir eventos ou entidades ou então pescar dados e números que absolutamente interessam ao leitor. A venda de computadores aumentou 4%, e daí? As reuniões-almoço, os cafés da manhã das entidades empresariais trazem convidados que interessam o público interno. O Leitor comum não está nem aí.

DECIFRA-ME OU TE DEVORO

Repito sempre: será que a crise dos jornais não se deve em grande parte porque não estamos publicando o que os leitores gostariam de ler?

FELIZ ANIVERSÁRIO

onça_pintada (1) Divulgação GramadozooHalder RamosO Gramadozoo comemorou 11 anos com festa para a bicharada. Com foco no bem-estar, os animais ganharam presentes interativos. No recinto do loba-guará e das onças, a atividade temática de enriquecimento ambiental teve espetos de carne. Com uma prótese no fêmur, a loba (foto) é um dos animais que está no parque desde a inauguração. O macho de onça-pintada também chegou ao zoo antes da abertura em 2008.

loba foto Divulgação GramadozooHalder Ramos

RICOS DE VERDADE

Eis o listão, publicado pelo portal newtrade

  • 1 – Walton Empresa: Walmart – Fortuna: US$ 190,5 bilhões
  • 2 – Mars Empresa: Mars – Fortuna: US$ 126,5 bilhões
  • 3 – Koch Empresa: Indústrias Koch – Fortuna: US$ 124,5 bilhões
  • 4 – Al Saud Empresa: N/A – Fortuna: US$ 100 bilhões
  • 5 – Wertheimer Empresa: Chanel – Fortuna: US$ 57,6 bilhões
  • 6 – Hermes Empresa: Hermes – Fortuna: US$ 53,1 bilhões
  • 7 – Van Damme, De Spoelberch, De Mevius Empresa: Anheuser-Busch InBev – Fortuna: US$ 52,9 bilhões
  • 8 – Boehringer, Von Baumbach Empresa: Boehringer Ingelheim – Fortuna: US$ 51,9 bilhões
  • 9 – Ambani Empresa: Indústrias Reliance – Fortuna: US$ 50,4 bilhões
  • 10 – Cargill, MacMillan Empresa: Cargill – Fortuna: US$ 42,9 bilhões

PORÉM…

Em 20º lugar está a família alemã Albrecht da Empresa Aldi, com apenas US$ 32,6 bilhões. Por isso que estou nesta tristeza. Pôxa, só 32 bilhões….

CÁ E LÁ

Lá fora não vamos tão mal quanto parece. O risco Brasil, medido pelo Credit Default Swap vem registrando nova rodada de queda e está em 116 pontos. É o menor nível em seis anos, desde maio de 2013.

A explicação? Reflexo da percepção que o cenário doméstico tende a melhorar, embora a cautela ainda permaneça. Mas é interessante observar como tratamos o assunto. Houve época em que o indicador estava todo santo dia nas capas e agora que ele traduz melhoras estrangeiras, sumiu.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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