Uma história de fracassos
Em 1958, ano em que o Brasil se sagrou campeão da Copa do Mundo, os brasileiros não tinham tinha TV a cores. A transmissão foi em cores, mas as imagens aqui foram em P&B embora você diga que a viu em cores. Sim, viu anos depois, quando as cores coloriram a telinha.
Eu tinha 15 anos e uma alegria enorme ao ouvir no rádio os gols do Brasil. Foi então que o Brasil e o mundo descobriram um moleque endiabrado chamado Pelé. Habitavam o Brasil cerca de 85 milhões de almas.
Hoje somos 200 milhões. O mundo todo tinha 3.032 bilhőes em 1960, hoje sentam na crosta terrestre 7,3 bilhões. Gente demais. Calcula-se que desde o início da raça humana já nasceram e morreram cerca de 90 bilhões de almas. É gente de menos, se me permitem a ironia. Com os atuais 7,3 bilhões, me admiro que a laje aguente.
Desde sempre a Igreja Católica obedecia o “crescei e multiplicai-vos” da Bíblia. Quando surgiu a camisinha de látex – os antigos já usavam uma versão feita de tripa de ovelha – usá-la condenava o portador às fornalhas do inferno. E também a mulher parceira. Tudo junto incineradinhos. Só podia transar com base no calendário. A masturbação masculina e feminina idem. A saída recomendada pela Santa Madre? Banho de água gelada, de preferência rezando.
A história da humanidade foi feita dando um passo para a frente e dois para trás.