Um militar chamado Cáldivel

11 jan • Caso do Dia1 comentário em Um militar chamado Cáldivel

 Alguém do Face mencionou que ouviu uma repórter de rádio da Capital chamar a rua General Caldwell de “Cáldivel”. Sugeri que o autor, o amigo Auber Lopes de Almeida, não insistisse no post sob pena de termos uma epidemia de bebês com nome de Cáldivel. O Maiqueljaquison começou assim. Erro de repórter é mais comum do que se pensa. Começa que eu divido onde fica essa rua.

 Já comentei aqui sobre a vacância de notícias nos meses de verão, mas o furo é mais embaixo. Já defasadas em quantidade e qualidade, as redações sofrem novas baixas com as férias do primeiro time. Aí vem o interino e sua tesão de mostrar serviço. Ocorre que temos muito mais que simples erros de grafia, a mídia hoje tem crassos erros de informação, coisa de doer na alma.

 Não é de hoje, começou quando as gerações mais novas e iletradas, sem bagagem cultural e sem cultura geral passaram a ser o grosso das redações. Somando-se a isso o fato de boa parte ter um vocabulário de não mais de cem palavras, um estoque baixíssimo, chegamos a uma melancólica conclusão: estamos contando a história como ela não é.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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One Response to Um militar chamado Cáldivel

  1. Fausto Leão disse:

    Prezado Albrecht,
    certamente lembras do Mendes Ribeiro quando falava ADEVOGADO?
    Minha indignação é maior ainda quando se trata(va) dele, radialista ecoam curso superior.
    Só não sei se também falava ADIMINISTRATIVO ou INDIGUINADOU ou ÁPITO.
    Aqui no Caí o pessoal da beira do rio para a expressão “CRUZES!” fala “ CARÓÓISSS !!”… devem sofrer do mesmo “pathos” do Mendes e daqueles com vocabulário de 100 palavras, só que aqui acho não mais 50 e ainda até para falarem tem preguiça de pronunciar consoantes juntas. Deve existir tese de linguística sobre esse assunto. Abraço.

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