Um distrito erótico

13 jun • A Vida como ela foiNenhum comentário em Um distrito erótico

No mesmo lado esquerdo na quadra inicial da rua Cristóvão Colombo, qu3e começa na Barros Cassal, pouco adiante ficava o Carcará, do jogador de futebol Cará, do Cruzeiro F.C., e do seu amigo Serginho. Uniu o Car com o Cará, mesmo nome da música cantada por Maria Bethânia, aquele que pega, mata e come, que por sua vez foi assim batizada por causa de uma música com esse nome cantada por Nelson Gonçalves. Imagino que seja por isso.

Pois o Carcará foi vendido para um bajeense chamado Waldemar, e então se transformou em casa noturna de fato.     Do outro lado da rua ficavam em sequência a Nega Teresa, o Isidoro e mais para o posto de combustíveis na esquina com a Alberto Bins quedava o Sans Chiquè. Que pertencia um sujeito cujo apelido era Dezoito. Era amigo de Chico Anysio com quem tinha sociedade em um haras, vejam só.

Mais para além da quadra final ficava o proletário Monte Blanco, cujo dono tinha esse sobrenome, e do lado oposto ficava o Poodle Room, cuja proprietária era uma ex-miss muito bonita, casa dirigida para a alta burguesia. Nunca faltou diversão carnal para a reta final da rua Cristóvão Colombo. E acreditem, nunca gangues ou assaltantes faltaram com o respeito naquelas bandas. Se aparecesse um, provavelmente amanheceria com a boca cheia de formiga.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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