Tudo como dantes…

29 out • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Tudo como dantes…

…no quartel dos Abrantes. As campanhas eleitorais são basicamente as mesmas que as anteriores. Só mudam as ferramentas na conquista do voto, hoje centralizadas nas redes sociais como se milagreiras fossem. Sai o santinho impresso, entra o santinho digital. A linguagem empolada do passado foram substituídas por gírias.

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MILAGRES SEM SANTO

Tenho observado que os jovens nerds que assessoram candidatos, gerados no útero da linguagem binária, não acreditam em nada que não seja digital. A impressão em papel é lenda urbana. Alguns nem mesmo acreditam que existiu máquina de escrever. Inclusive jornalistas, que Deus se apiede das nossas almas analógicas. É nosso carma colocar todos os ovos na mesma cesta.

EPPUR SE MUOVE

No entanto se move, disse baixinho Galileu Galilei ao abjurar sua crença de que é a Terra que gira em torno do Sol, e não o contrário. Não o dissesse seria torturado e queimado vivo pela Santa Inquisição, parida e embalada pela Santa Madre. Pois hoje a temos de volta, a Santa Inquisição Digital.  Mas me deem licença para botar uma mosca nessa sopa feita de zero e um.

O TERCEIRO ELEITORADO

A não ser que todas as pessoas com mais de 50 anos tenham morrido de um dia para outro, há uma fatia grande do eleitorado que ainda gosta do analógico. Procurar como se comunicar com esses eleitores deveria ser tão ou mais importante que centralizar todas as baterias nas redes sociais.

MESMAS VĀS PROMESSAS

Tais como prometer baixar os impostos – alguns querem reduzir até os federais! – comprar vacinas com o cofre vazio das prefeituras, ampliar a ajuda de emergência para um salário mínimo,  promessas indigestas como essas partem da boca de candidatos a prefeito e à vereança. E é no país todo.

Sempre se soube que, no Brasil, tem muito espertinho porque tem muito otário.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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