Tristeza e criatividade

10 nov • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Tristeza e criatividade

EMBORA pareça estranho, a tristeza pode ser motivadora da criatividade. O filósofo e escritor Fabiano de Abreu é defensor de uma curiosa teoria que alega haver um lado positivo do sentimento de tristeza, que seria como um degrau a colaborar com o processo criativo.

É sabido que grandes nomes das artes e da literatura do passado como Goethe, Álvares de Azevedo, Lord Byron, Chateaubriand e Musset, identificados no ultra-romantismo e no chamado “mal do século”, eram conhecidos até hoje por terem suas obras inspiradas pelo pessimismo extremo, em face do passado e do futuro, melancolia difusa, tristeza, culto do mistério, do sonho, da inquietude mórbida e desencanto em face do cotidiano. Logo, a teoria de Fabiano não está tão distante assim de expressar uma realidade comprovável.

O filósofo explica o que pode trazer a criatividade à tona em meio a um sentimento de tristeza: “Alguns de nós sentem nas emoções negativas uma energia poderosa de criação; como se toda a nossa mente fosse muito mais receptiva aos estímulos, muito mais forte a aprofundar sentimentos, muito mais engenhosa. A tristeza desenha-se assim como um terreno fértil para a criatividade. Logo a criatividade na tristeza é uma defesa para sair dela ou um meio para encontrar soluções para esse sentimento. Uma forma de escape da dor, uma autodefesa, um remédio para uma mente que está negativamente abalada”.

No entanto, Fabiano também ressalta que, para alguns, a tristeza é um estado de espírito desejado, atrelado à própria personalidade: “Por outro lado, e em oposição, existem os que buscam a tristeza de forma propositada. Há quem goste da tristeza, pois nela busca a criatividade para fazer o que gosta. Há indivíduos que se agarram na tristeza, na melancolia ou na nostalgia com uma percepção de que nelas e com elas irão surgir bons pensamentos e ideias. Como se esse sentimento desenvolvesse um foco na tarefa com muito mais profundidade”.

CERIMÔNIA de inauguração das instalações da Escola Sesi de Ensino Médio José Pedro Fernando Piovan, em São Leopoldo, ocorre no dia 12 de novembro, às 11h. A estrutura, localizada na rua Alberto Scherer, 743, terá capacidade para atender 300 alunos por ano. A exemplo de outras escolas, inicialmente, serão abertas vagas para 100 alunos do primeiro ano do Ensino Médio, e assim, sucessivamente, para os próximos anos escolares.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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