Tristeza

7 jul • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Tristeza

Os tempos do reinado do Nojento são tão tristes que nem mesmo em um ombro amigo se pode chorar.
Imagem: Freepik

Estranha civilização

Bem para lá do futuro, os arqueólogos que estudarem usos e costumes da antiguidade no ano de 2020, vão ficar intrigados com uma constatação. Boa parte dos casacos e camisas estavam puídos na altura dos cotovelos.

O país da Dercy

Há 50 anos, o ex-governador e deputado do Rio de Janeiro Carlos Lacerda estava preso na Fortaleza de Santa Cruz, no Rio, e fazia greve de fome. Já passava mal, mas não desistia. Seu médico lhe disse: “Carlos, hoje é feriado, a praia está lotada, ninguém vai perceber se você morrer hoje. Você quer ser Shakespeare no país da Dercy Gonçalves”. Lacerda voltou a comer. Essa boa história foi contada pelo jornalista Carlos  Brickmann, do blog www.chumbogordo.com.br/

O temível Lacerda I

De Lacerda pode-se dizer tudo, que colaborou e depois rompeu com os militares em 1964, que foi bom governador e bom deputado, coisa rara no mundo parlamentar, entre outras qualidades e defeitos. O seu grande diferencial era a oratória. Língua mais afiada que espada japonesa, não perdia chance  para decapitar oponentes. Certa vez, seu discurso foi aparteado por quem ele atacava.

– O que vossa excelência fala entra em meu ouvido e sai pelo outro.

– Impossível – respondeu Lacerda. – O som não se propaga no vácuo.

Tinhoso como ele só, serviu de inspiração para uma praga de minúsculos insetos que infestaram as praças, parques e árvores das cidades gaúchas em 1965. Penetravam nas roupas só de passar perto de vegetais, causavam irritações e coceira, entravam nos ouvidos e era difícil se ver livre deles. Por combustão espontânea, o povo passou a chamá-los de “lacerdinha”.

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Capital do sapo

Brasília é conhecida pela baixa umidade relativa do ar, mas em alguns ministérios parece que ela é bem alta, a ponto de ser cemitério de sapo. Caso do MEC, que procura o quarto titular desde a posse de Bolsonaro.

Mora na filosofia

Pelo que entendi, se tivéssemos leitos de UTI em quantidade, o isolamento e o tudo fechado poderia ser relativizados, é isso? Em São Paulo, por exemplo,  bares, restaurantes e salões já podem funcionar.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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