Treinamento de força e doenças crônicas: a importância na promoção da saúde

6 set • ArtigosNenhum comentário em Treinamento de força e doenças crônicas: a importância na promoção da saúde

Exercício de resistência e força tem se mostrado importante aliado na prevenção das doenças crônicas (doenças cardíacas coronárias, obesidade, diabetes, diabetes mellitus, osteoporose, artrite reumatoide). Os benefícios deste treinamento são influenciados pelo grande número de variáveis em um programa.

As variações podem ser de carga (peso), volume, intensidade, massa muscular ativa, tipo de contração muscular, tipo de trabalho muscular, intervalo de recuperação entre as séries e sessões, manipulação na ordem dos exercícios, tempos de tensão e equipamentos. Todos podem influenciar na magnitude e duração das respostas aos exercícios resistidos (de força) e finalmente as suas adaptações traduzidas em aptidão física e bem-estar geral, contribuindo para manutenção de uma vida saudável e com qualidade.

A osteoporose, por exemplo, é uma enfermidade cada vez mais comum, constituindo-se um dos maiores problemas de saúde pública. A atividade física é um fator importante para manutenção da massa óssea. Exercícios que envolvam a sustentação do próprio peso são essenciais para manutenção de um esqueleto saudável. Segundo o jornal oficial da Universidade Americana de Medicina Esportiva (Americam College of Sports Medicine), cargas funcionais (de força) proporcionadas pela atividade física têm uma influência positiva sobre a massa óssea dos seres humanos.

Outra doença pesquisada é a diabete mellitus, que está entre as dez principais causas básicas de mortalidade no país. Um programa de atividade física melhora em 40% a sensibilidade à insulina, devido a perda de peso corporal (pelo treinamento físico) e, sobretudo, pelo aumento da atividade enzimática, em particular da hixoquinase e da glicogênio-síntese. Esse efeito é mantido por até 48 horas após a última sessão de exercício. Se a atividade for interrompida, as melhoras obtidas – tanto a sensibilidade à insulina quanto na tolerância à glicose – desaparecem, o que pode, no entanto, ser rapidamente recuperado com o retorno ao treinamento físico.

Já a artrite reumatoide é uma doença sistêmica, frequentemente progressiva, que se caracteriza pelo envolvimento inflamatório e destrutivo de múltiplas articulações, o que promove diversos graus de incapacidade funcional e importante repercussão social e econômica. Os programas de fortalecimento aumentam a contratilidade muscular, que melhora a capacidade de o paciente realizar as atividades de vida diária. Os programas de fortalecimento levam a hipertrofia da fibra muscular e melhora a forma e função articular com ganho de força e diminuição da dor.

A pratica da atividade física não vigorosa reduz o risco de mortalidade por doença coronariana, mesmo quando essa atividade é de baixa intensidade. A recomendação de órgãos internacionais de saúde pública é para a pratica de atividade física de pelo menos 30 minutos de exercícios físicos diários, de moderada intensidade, gerando aproximadamente 1.000kcal\semana, é a mais adequada para obter a melhora dos indicadores de mortalidade.

Daí a importância da orientação de se incrementar o dispêndio energético na rotina das atividades diárias, como substituir o elevador pelas escadas, ou caminhadas no lugar de transporte motorizado.

Cristiane da Rocha Vidor

Profª Educação Física, Mestre em ciências médicas-cirurgia/UFRGS, Musculação GNU, Preparadora Física da Ginastica Ritmica GNU, Preparadora Fisica da Esgrima GNU, CREF: 013582-G/RS

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