Tortura de mãe
Se as mães porto-alegrenses pudessem palpitar sem avexar os filhos no Dia das Mães, parte delas gostaria de almoçar fora sim, mas que a comida viesse ao meio-dia e não às 15h ou 16h. Dia da Mami é dia em que restaurantes botam gente pelo ladrão, então não têm como atender todo mundo no mesmo horário. O que faz a gauchada? Topa a parada assim mesmo e senta em cadeiras na rua esperando a sua vez de ser atendido, finalmente.iq
Significa que o dono do pedaço enche as mesas improvisadas do lado de fora com petiscos, amendoinzinhos, azeitoninhas, pãezinhos, linguicinhas e poletinhas que além de custar caro, matam a fome e assim o dono da casa recebe mais dinheiro por menos comida. E as mamães, coitadas, loucas de fome e não raro convocadas para embalar o netinho que, coincidentemente se borrou todo bem na hora em que ela o pega no colo.
Pior é aguentar o genro pinguço que vai se emborrachando de barriga vazia e, ainda pior que isso, beijar a vozinha dizendo “Não é por estar na sua presença, sogrinha, mas eu te amo muito!”
Mentira. Este sentimento dura só até curar o porre.