Tortura de mãe  

9 maio • A Vida como ela foiNenhum comentário em Tortura de mãe  

Se as mães porto-alegrenses pudessem palpitar sem avexar os filhos no Dia das Mães, parte delas gostaria de almoçar fora sim, mas que a comida viesse ao meio-dia e não às 15h ou 16h. Dia da Mami é dia em que restaurantes botam gente pelo ladrão, então não têm como atender todo mundo no mesmo horário. O que faz a gauchada? Topa a parada assim mesmo e senta em cadeiras na rua esperando a sua vez de ser atendido, finalmente.iq

Significa que o dono do pedaço enche as mesas improvisadas do lado de fora com petiscos, amendoinzinhos, azeitoninhas, pãezinhos, linguicinhas e poletinhas que além de custar caro, matam a fome e assim o dono da casa recebe mais dinheiro por menos comida. E as mamães, coitadas, loucas de fome e não raro convocadas para embalar o netinho que, coincidentemente se borrou todo bem na hora em que ela o pega no colo.

Pior é aguentar o genro pinguço que vai se emborrachando de barriga vazia e, ainda pior que isso, beijar a vozinha dizendo “Não é por estar na sua presença, sogrinha, mas eu te amo muito!”

Mentira. Este sentimento dura só até curar o porre.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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