Todo mundo faz fofoca, inclusive você
A fofoca é quase um dever. Não existe ambiente corporativo sem ela. A questão é quando a fofoca faz parte de relações normais de trabalho e quando ultrapassa determinados limites, elevando a temperatura do núcleo do reator de forma perigosa. O escritor e palestrante Leandro Karnal acha até que, em um primeiro momento, ela pode ser útil, constitui um elemento para manter a unidade do grupo. Mas adverte sobre o outro lado, gera um clima tóxico nocivo.
Olha gente, como dizia o Lauro Quadros, fofoca é como chuva, ela existe e pronto. Em determinado volume esfacela o ambiente de trabalho e, pior, causa uma baita diminuição na produtividade quando o assunto envolve a empresa e executivos mal ou bem vistos pelos funcionários. Ao longo da minha vida, devo ter trabalho em 15 ou 16 empresas diferentes e sempre senti o quão mal ela faz.
Há fofocas e fofocas. Uma é a rádio-corredor, geralmente boatos amplificados às vezes em níveis absurdos que a gente fica se perguntando de onde vieram. Aí entra o gosto do brasileiro pela teoria da conspiração. Diz-que-diz pontuais se extinguem rapidamente.
Há um subproduto positivo-negativo na fofocaiada interpessoal, sem envolvimento da empresa: a risada. Humor sempre é bom como atesta a medicina. Mas até nisso existe um lado ruim, como em tudo nesse mundo. Tudo é muito divertido desde que o alvo não seja você. E aí as pessoas podem ser muito cruéis.
Não há paz neste mundo de Deus.
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