Tempos de cartomancia

13 nov • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Tempos de cartomancia

Está chegando a época em que entidades empresariais, economistas e assemelhados fazem suas projeções sobre o que nos espera em 2019, com foco na economia e política. Os famosos mercados, enfim. Eu vou a esses eventos ou recebo pelo menos duas dúzias de textos sobre o que devemos esperar. Nem Jair Bolsonaro sabe o que o espera, imagina nós.

Na teoria, tudo dá certo

Leio ou escuto previsões teoricamente inteligentes e com base lógica há décadas, e sempre repito que tudo pode estar bom e certinho, mas o imponderável espreita na próxima esquina ou na próxima moita, se o assunto for a agropecuária. É interessante que boa parte desses analistas deixa os cenários internacionais como um apêndice, não o motor que influencia o mercado interno, seja câmbio ou bolsa.

Alinhamento dos planetas

Mesmo quando não ocorre nenhum evento mais perturbador já é difícil que acertem. Imagina neste mundo doido, varrido e encerado de hoje. Eu gostaria que substituíssem “cenários” por “especulações”, que dá mais direito de errar. Ou, pelo menos, não está embebido em certeza sem razão de ser.

Fala, Mangueira

Então eu traço o meu cenário, que é uma certeza. Não, não reneguei a afirmação anterior. Tudo vai depender se Jair Bolsonaro conseguir aprovar as reformas, algumas pelo menos. Se conseguir isso e se a esquerda vociferante não atrapalhar mais do que já atrapalha, podemos dizer que o Brasil, depois destas mudanças, terá o cenário do famoso samba Mangueira: Mangueira/teu cenário é uma beleza.

Eu fora

Mas existe uma coisa nesta Província de São Pedro do Rio Grande do Sul: quando entidades apresentam seus palestrantes “cenaristas” que fizeram pajelança para descobrir o futuro, repito que, se eu fosse paulista e tivesse um MBA ou tivesse passado pelo governo federal em algum ano pós-1993, me convidariam para fazer a palestra pagando 10, 20 mil dólares ou mais. Meu azar foi ter nascido gaúcho. Tudo o que estes oráculos dizem me fazem bocejar. Ou quase tudo, poucos realmente surpreendem. Tenho 50 anos de jornalismo na cacunda.

Homenagem ao seu Raul

raul randonPassados oito meses de sua morte, o fundador das Empresas Randon e RAR, Raul Anselmo Randon, recebeu na última  semana mais uma homenagem póstuma. Desta vez na Itália, onde a viúva Nilva Randon retornou com as filhas Roseli e Maurien e com o genro Sérgio Martins Barbosa. Na ocasião, foi descerrada no Cemitério de Muzzolon – Cornedo Vicentino, uma lápide em memória a Raul Randon, com a mensagem: “Empreendedor de sucesso e visionário, homem generoso e otimista, sempre quis manter uma estreita relação com a comunidade de Cornedo Vicentino, de onde, em 1888, emigrou seu avô Cristóforo”.

Foto: Paolo Meneghini 

Por falar no caxiense…

…nunca esqueço de certa vez, nos anos 1980, que ele me convidou para almoçar. Topei. Saímos da redação e ele foi na primeira lanchonete que encontramos e me pagou um sanduba de mortadela.

Gestantes

O Hospital Moinhos de Vento realiza nova edição do encontro mensal Papo com a Gestante. Grávidas e seus acompanhantes estão convidados para discutir temas de interesse em uma roda de conversa com a equipe do Centro Obstétrico e Maternidade. O evento será na quarta-feira, 14 de novembro, das 18h às 19h.

Mais um

Depois de 84 anos, o jornal Gazeta de Alagoas deixa de ser diário e circulará apenas uma vez por semana.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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