Sorvete de bigode
Certa vez, o marchand Renato Rosa enviou uma historieta sobre confundir alhos com bugalhos quando em terra estrangeira. Uma delas foi protagonizada pelo seu amigo Mário Roitman. Em Paris, em Montmartre, quando ele e um grupo chegaram pela primeira vez, foram a uma sorveteria. Roitman resolveu testar o seu francês e pediu um sorvete de pistache como indicava uma tabuleta. Quando a garçonete chegou, ele nervoso falou “je veux un de “moustache”. O próprio Renato pediu, também em Paris, um sanduíche de andorinha porque leu “andouitte”.
Nos tempos do Styllo Bar, na Independência esquina com a Garibaldi, Porto Alegre, certa noite o J. perguntou o que significava a expressão em inglês “Sai ainfel”. Fiquei devendo. Dias depois, estava eu posto em sossego em um restaurante no Centro quando lembrei aquela bobagem “no paise no pidal” que dizíamos no ginásio à frase “Não pise no pedal”. Matei a charada.
Na noite seguinte, cheguei ao Styllo, que era do português Edmundo, e pedi ao garçom Blanco um pedaço de papel e escrevi uma frase nele. Assim que o J. chegou, mostrei o escrito para o J., perguntando se não fora essa a frase em inglês que ele vira. O rosto dele ficou iluminado, sim, sim, foi essa mesmo.
Era uma propaganda da marca de um cigarro argentino, Lancaster, que vendia bem por aqui nos anos 60. A frase era em espanhol, “Sea infiel”, e J. achou que era inglês.
Paisou no tomeito.