Sinais exteriores

16 out • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Sinais exteriores

Em um almoço com amigos, comentamos sobre os famosos sinais exteriores de riqueza que levam muito vigário geral para a Papuda. Você avalia se o cara vive além dos seus ganhos pelo patrimônio erguido em pouco tempo, por exemplo. Alguém disse que outros sinais de riqueza são viagens frequentes para o exterior, Nova Iorque, Paris e outros. Negativo, falei. Você desconfia quando o cara faz viagens frequentes para Gramado (RS), hospeda-se na hotelaria local e come nos melhores restaurantes da cidade. E olha que já foi mais caro.

NÃO TEM SOLUÇÃO

Há alguns anos, tentei saber quantas leis e assemelhados existem no Brasil. Cheguei a um número geralmente aceito pelos especialistas, 340 mil. De lá para cá, deve ter arredondado para 350 e crescendo.

AS LEIS, ORA AS LEIS

A maior piada brasileira de todos os tempos não é uma piada, é uma tragédia. Dizia-se em décadas passadas – parece até que estava na Constituição – que nenhum brasileiro pode alegar desconhecimento das leis. Só se foi na pré-história, quando só tinha duas: ou você mata ou você morre. Parágrafo único: mata para comer e morre para servir de comida. Revogam-se as disposições em contrário.

Vi um cidadão bem vestido estava postado quase no meio da Av. Goethe falando pelo celular. Os carros tiravam fininho dele e ele nem aí. O celular torna as pessoas patetas.

Era tamanha a imobilidade do sujeito que posso pensar que ele estava recebendo uma notícia boa e outra ruim. Ou estava sendo avisado que ganhou uma herança ou alguém estava ligando para dizer que a mulher fugiu com o vizinho.

EFEITO FELICIDADE

Pensando melhor, talvez notícia ruim fosse muito boa, dadas as circunstâncias.

OS AGIOTAS

Recebi um texto com o título “Entenda os riscos do empréstimo com agiota e escolha opções mais seguras”, de Samara D’ Alessio. Entendi o que ela queria dizer, mas não posso me furtar à comparações dos agiotas de hoje e de ontem.  Os de hoje, além desses escritórios que fisgam incautos com ficha suja, têm concorrência dos agiotas legais. Vocês sabem de quem estou falando.

A ÚNICA SAÍDA

Quando trabalhei num banco, o Província, que não existe mais, havia um que abastecia boa parte da arraia miúda do banco. Entre eles eu. Fui um antes de tomar o elevador de serviço e passar para a assessoria da gerência. O cara cobrava em torno de 10% ao mês, e achávamos aquilo um desplante. O juro bancário era de 3% ao mês mais IOF.

ESPECIAL DE PRIMEIRA

A garantia era o cheque pré-datado. Ao contrário de hoje, não podia ser descontado antes da data. O que tirou muito mercado dos agiotas foi o surgimento do cheque especial.  Bancos como o Citibank faziam sucesso porque não devolviam cheques dos clientes, era tudo cheque especial. Só depois que os bancos gaúchos entraram na onda. Êta nóis, sempre atrasados!

Pergunto ao amável leitor quanto é o juro do cheque especial ou do cartão. Ou da financeira quando a compra é a prestações? E falo no juro real, porque os caras sempre falam da TAXA que é muito menor que o juro real.

O BRASIL QUE DÁ CERTO

O SENAR-RS iniciou o processo de credenciamento das empresas que irão atuar no programa de Assistência Técnica e Gerencial, que começará a atender propriedades rurais gaúchas a partir do primeiro semestre de 2020. Um grande banco de empresas prestadoras de serviços será criado para que o SENAR-RS possa contratar os serviços  de técnicos e supervisores habilitados para realizar a orientação dos produtores voltados inicialmente às cadeias da agricultura, bovinocultura de corte, bovinocultura de leite e ovinocultura.

Foto: Emerson Foguinho

Foto: Emerson Foguinho

O edital de credenciamento está aberto até o dia 11 de novembro. Os credenciados serão chamados conforme a necessidade. De acordo com o superintendente do SENAR-RS, Eduardo Condorelli, a expectativa é de ter pelo menos 140 técnicos atuando nos mais de 270 municípios inicialmente mapeados para receber o programa: “Poderemos escolher as empresas que oferecem os técnicos mais capacitados, além de termos supervisores que garantirão a qualidade do trabalho. Outro diferencial da ATeG é que não trataremos apenas de questões como produção e produtividade. Focaremos também aspectos ligados à gestão do agronegócio”, aponta Condorelli.

Dúvidas podem ser encaminhadas ao email comissaoateg@senar-rs.com.br. Informações e inscrições no site do SENAR-RS www.senar-rs.com.br.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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