Senso de humor
No auge da guerra fria, nos anos 1960, Estados Unidos e União Soviética se bicavam a toda hora divulgando histórias engraçadas para desmoralizar o arqui-inimigo. Como a esquerda notoriamente não tem senso de humor, ainda mais comunista, cujo momento mais animado acontecia em velórios, o Grande Irmão do Norte ganhava de goleada.
Uma delas: depois de muita brigalhada as duas potências resolveram fazer um tira-teima botando para disputar os 100 metros rasos seus dois melhores velocistas. Os soviéticos enviaram um russo. A prova aconteceu na Suíça, país historicamente considerado neutro por gregos e troianos.
Até os 50 metros o atleta russo até aguentou, mas dali em diante o americano passou à dianteira e venceu com folga. No dia seguinte, a imprensa norte-americana deitou e rolou, dizendo que o paraíso comunista não conseguia nem mesmo formar atletas capazes de vencer os nojentos capitalistas. Já o Pravda deu a seguinte manchete em duas linhas sintetizando o resultado da corrida do século:
“Nosso glorioso atleta ficou em segundo e o americano em penúltimo”.