Sem serventia

21 ago • A Vida como ela foiNenhum comentário em Sem serventia

Na segunda metade dos anos 1960, a esquerda brasileira se dividiu. Parte queria partir para a luta armada, parte não. O Partidāo (PCB) enfrentou o mesmo dilema. O grupo que queria partir para o pau comprou, no mercado negro das armas do Uruguai, meia dúzia de fuzis FAL, utilizados pelas Forças Armadas.

A ala que preferia a resistência civil ficou apreensiva. Mesmo na época a compra podia ser rastreada. Então pediram que ao menos eles mandassem um telegrama dando ciência da chegada das armas. Claro que em código. Em vez de fuzis deveriam usar “porcos”. Uma semana depois veio o telegrama grafado nos seguintes termos:

PORCOS CHEGARAM VG MAS SEM MUNIÇÃO.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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