Sem papo
Essa placa localizada em espaço nobre do bairro Moinhos de Vento é das tais que fazem pensar. Olhando mais em baixo lê-se que é brincadeirinha, que tem WIFI sim, mas o recado foi dado: conversem. Não preciso explicar o que acontece com casais em bares, às vezes conversando um com o outro pelo Whats. É o fim da comunicação.
Aliás…
…continuo achando que a frase “o meio é a mensagem” de Marshall McLuhan é uma das principais ou a principal frase do século XX. As geringonças eletrônicas dominam nossa vida.
Opção pelo centro
O seminário do MDB “O Brasil que saiu das urnas – e as novas perspectivas de representação” reuniu um bom povo no Imbé, no Litoral Norte do RS, no final de semana. Líderes históricos da legenda e expressiva representação de jovens acompanharam o espaço de reflexão sobre o futuro da atuação dos partidos sob os pontos de vista político, econômico e de comunicação.
O debate foi provocado através de manifestações do economista Gustavo de Moraes, do cientista político Fernando Schüler e do filósofo Luiz Felipe Pondé (por vídeo). Gustavo de Moraes fez um retrospecto da influência da intervenção do Estado na vida das pessoas, e o resultado dessa atuação nos dias atuais. Como alternativa, opinou que o caminho para a recuperação econômica é impulsionar atividades que envolvam a função do Estado nesta primeira metade do século XXI é de ser um facilitador e conduzir o cidadão para uma nova esperança”, finalizou o economista.
O cientista político Fernando Schüler, que eu particularmente acho excepcional, falou sobre a atuação dos partidos no novo contexto político. Schüler sugeriu que quem tiver liderança no País precisa assumir o papel de condutor do processo da reforma política que, na sua opinião, é um vácuo da vida brasileira. Questionado se a democracia estaria ameaçada, foi taxativo ao negar. Enfatizou que as instituições brasileiras são muito fortes e independentes. “Prova disso é que sobrevivemos ao PT e iremos sobreviver ao Bolsonaro”, criticou.
Resumo da ópera
O MDB é uma das tantas siglas que precisa se reconstruir. Melhor, uma reengenharia é vital. Todo o espectro político-partidário do Brasil precisa, independente de uma reforma eleitoral. O que eu temo é o que chamo Efeito Lampedusa, escritor que escreveu O Leopardo, cujo personagem disse ao filho ser preciso mudar tudo para continuar como está.
Ainda acho que teremos grandes revoluções nas mídias sociais, parte pela acelerada tecnologia que também se renova. O que mais temo, porém, é que partidos, empresas, meios de comunicação optem por não ousar mais. O povo-consumidor que diga o que quer que nós providenciamos, por aí. O povo quer lixo? Dê lixo a reveria para eles, ora.
Em parte já está acontecendo. Em matéria de inovação é um desastre, vide as novelas da Globo. É a cobra comendo o próprio rabo.
E daí?
Porto Alegre teve redução de 61,7% dos homicídios em fevereiro. Não larguem foguetes. Meio mundo da Capital estava nas praias,
Funcriança
A campanha da Assembleia Legislativa “Valores que ficam – Destinação do IR ao Funcriança” será lançada hoje às 8h no Salão Júlio de Castilhos da Casa do Povo.