Sem novidades no front
Leio que Polícia prendeu um líder de facção gaúcha armado com fuzil em mansão no litoral catarinense. Palavra por palavra, digam-me qual a novidade para ser notícia. Talvez com a exceção de “prendeu”.
POR MARES NUNCA NAVEGADOS
Das eleições municipais podemos ter poucas certezas. Uma delas será o comparecimento às urnas, caso a situação pouco ou em nada mude até lá, especialmente em cidades grandes, como Porto Alegre. No mais é tiro no escuro, se haverá ou não renovação em alta escala na Câmara de Vereadores.
AS CERTEZAS QUE DESMORONAM
Já tive algumas certezas que rebaixei para incertezas. Achava que Nelson Marchezan tinha grande chance de ser reeleito. Mas depois do prologamento excessivo do isolamento, sei não. Porto Alegre queria ver o PT pelas costas, mas com a comunista Manoela D’Ávila talvez pegue carona de vice.
CHUTE AO BALDE
Marchezan sempre poderá dizer que a bandeira vermelha foi coisa do governador Eduardo Leite, mas vai dizer isso para o eleitor. De modo geral, quando o eleitor vê seu conforto ir por água abaixo, tende a chutar o balde mais próximo.
INDUÇÃO AO VOTO
As primeiras pesquisas devem arranhar feio a realidade. Primeiro que dependerá do comportamento futuro do vírus e do aparecimento ou não de vacinas. Depois vem aquela tendência de votar no cavalo que está na frente. Não, não estou defendendo a proibição da divulgação das pesquisas, ao contrário. Até porque vazariam nas redes sociais, e da pior forma: adulteradas. Internet aceita mais inverdades do que o papel.
Digamos que pesquisa seja como a cloroquina. Funciona, mas com severos efeitos colaterais.
NOTAS DE TRINTA REAIS
O mundo é uma grande falsificação. De fatos, verdades, instituições, política, objetos, corpo e cabeça, tudo. Estes dois últimos estão no topo das falsidades. Desde o uso da química sob forma de medicamentos até nas cirurgias plásticas. Não somos realmente quem somos.