Sem exportação para o tomate-cereja

6 mar • Caso do Dia1 comentário em Sem exportação para o tomate-cereja

Há alguns anos, conheci José Benaroch, reitor da Universidade Hebraica de Jerusalém. Como era judeu sefaradi, da Península Ibérica, falava um português de Portugal e nos entendemos muito bem. Pois foi ele que me contou a história do tomate-cereja que Israel deixou de exportar.

Como boa parte das pessoas detesta países que dão certo, certamente vão torcer o nariz para este relato. Existe lá um sistema espetacular para aperfeiçoar ideias, a de reunir acadêmicos com executivos públicos e privados. Sempre sai uma boa ideia.

No caso, uma reunião na universidade da qual Benaroch era reitor, discutia sobre exportação de tomate-cereja, desenvolvido por Israel. Então um aluno pediu a palavra. Diante do fato de que um tomate tem 85% de água, o estudante deixou todos pasmos ao dizer que o rei estava nu.

– Se 85% do tomate-cereja é água, e a coisa que mais falta faz em Israel é água, a verdade é que estamos exportando água que tanto nos falta!

Depois de algum tempo, os israelenses pararam de exportar tomates-cereja. Passaram a vender só as sementes.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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One Response to Sem exportação para o tomate-cereja

  1. CID VANDERLEI KRAHN disse:

    Lorota, conversa fiada prá boi dormir: Israel é grande exportador de frutas e legumes para a Europa, vide https://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura_de_Israel

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