Saudade da gazosa

19 maio • A Vida como ela foiNenhum comentário em Saudade da gazosa

grapette

Com “Z” mesmo. Depois virou gasosa, e foi um dos meus refrigerantes inesquecíveis. Não só da Brahma, como de várias fábricas pequenas do interior, engolidas e depois fechadas uma a uma pela Brahma. A gazosa ainda era feita com gengibre, essa raiz milagrosa que se presta para tudo.

Incrivelmente, esse refrigerante é vendido no mundo todo como Ginger Ale, e faz sucesso desde os anos 1950. Nunca entendi porque não  produzem aqui. Quando a Brahma a copiou, virou gasosa com “S” e o gengibre saiu de cena, hoje é sintético.

A Grapette, sabor uva, era tão doce que causaria diabetes em formiga. O contraponto era a Laranjinha, que deixava um leve amargor no final. Retrogosto, se preferirem. Parecido com a Água Tônica de Quinino, que depois perdeu o quinino no nome. Essa era consumida pura ou com gim, que faz sucesso até hoje. Nos anos 1960 diziam que ela era broxante, sei lá se era verdade.

O melhor deixei para o final. Sabe que se usava quinino para a malária? Entretanto, não há comprovação científica deste benefício.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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