Notas
Aterro Sanitário
As comemorações pelo Dia de São Patrício na Padre Chagas seguem repercutindo nas redes sociais. De um lado, a turba de devotos beberrões, do outro os cerceados moradores da região. Após a festa, fotos do lixo na rua, que mais parece um aterro sanitário, abundam. Todavia, o comentário de Ronaldo Farina, morador da região, dá um colorido ainda maior: “Pena as fotos não reproduzirem o cheiro e a quantidade de vidro pelo chão.”
Foto: Ronaldo Farina
Espanto
O que espanta nessas festas de rua é que os promotores não dão a mínima aos moradores. Estão apenas interessados no seu faturamento. Sem considerar, no caso do Moinhos de Vento, que 61% dos moradores do bairro têm mais de 60 anos de idade.
Sem Diálogo
A propósito, esse caso ilustra bem o talento que os frequentadores do Facebook desenvolveram para polarizar qualquer discussão. Não há notícia minimamente polêmica que se leia que não contenha em algum momento a frase “o fato causou revolta nas redes sociais”. Nada mais hoje em dia consegue causar diálogo. Até o famigerado BBB virou debate político, repararam?
Quanta diferença
Nos antigamentes, este tipo de discussão era restrito ao, digamos, horário comercial. Uma vez findo o debate, íamos todos – direita e esquerda – para a mesa do bar confraternizar. Hoje, substituíram a ideia de rival pela de inimigo mortal.
Função
Nunca esquecerei uma frase dita por um jornalista veterano dos anos 70. A função do jornal é alarmar o povo, dizia ele. Posteriormente negou que a tivesse proferido, mas Inês já era morta. Mas é por aí. Melhor dizendo, também é por aí.
Drones
Acumulam-se os casos de drones colocando em risco as operações em aeroportos. Como aconteceu no Salgado Filho ontem. Escrevo sobre essa tragédia em potencial. Não é uma questão de se, é quando. Já tem mais drones no céu do que pulga em vira-latas de rua.
Feito palhaços
Calçados à venda na calçada da Borges de Medeiros. No canto direito da imagem, vemos um grafite que mostra bem como os comerciantes devem se sentir diante da invasão de produtos irregulares nas ruas. É uma cena da Porto Alegre de março da graça de 2018.
One Response to Notas
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Não seria o caso de haver proibição estrita da venda de produtos industrializados como os apresentados no “mostruário” da foto, mantendo apenas a possibilidade da comercialização de artesanato ?