Santa Inquisição, a volta
A Santa Inquisição foi um grupo de instituições dentro do sistema jurídico da Igreja Católica Romana, cujo objetivo era combater a heresia. Começou no século XII, na Espanha, e dali se espalhou. Em nome da Santa Madre, fizeram horrores, queimaram pessoas vivas e inventaram um arsenal de torturas que horroriza até hoje. Tudo em nome de Deus.
Por causa dessa praga do politicamente correto, vivemos uma nova Inquisição. Queimam-se pessoas ainda, não pelo fogo, mas pela calúnia. Os órgãos de comunicação, inclusive, curvam-se diante dos novos torturadores e não ousam combater os exageros que vêm dessa praga. Uma das mais salientes é a aplicação, a torto e a direito, de uma simples palavra, machismo, a mais comum.
Como nos violentos tempos religiosos, não só os escribas, mas também pessoas comuns precisam viver com temor de ter dito ou escrito algo que os leve à pecha de machistas. Se eu não der lugar para uma mulher na fila, mesmo sendo ficha 1, sou machista. Se eu digo que só gostos de animais de estimação machos, sou machista. Se eu falar que os grandes filósofos da humanidade foram homens, sou machista. Associar qualquer nome feminino a algum tipo de crítica, sou machista. Se os personagens dos meus causos da Vida Como Ela Foi aí embaixo são homens na maioria, sou machista.
No século XII, era-se torturado e condenado ao fogo do inferno por qualquer bobagem aos olhos de hoje. No século XXI, só não se vai mais para o inferno. Por um simples motivo.
O inferno é aqui.