Ritual do acasalamento (1 de 2)
Vocês que se escandalizam com muitas mães despudoradas praticamente vendem suas filhas em alguns concursos de beleza tinham que ver como era a década de 1960. Também fora do mundo dos guizos falsos da alegria dos concursos de miss, na vida real mesmo. Elas vigiavam as filhas para que não casassem com pobretões, empregos sem futuro e baixa renda. Não, elas queriam casar as rebentas com futuros médicos, e preferência, na falta de algum milionário de plantão.
Esse lado vendedor de corpo e alma era observável nos famosos Bailes da Reitoria da UFRGS. Rapazes de um lado, meninas frequentemente com as mamãs, ciosas do sagrado mandamento da virgindade, mesmo que ela já tivesse ido para o beleléu sem que elas soubessem. Ou não queriam acreditar. O hímen era a chave do reino dos céus de um futuro próspero, e como tal tinha que ser protegido. Mesma coisa que um carro 0 KM e um seminovo. Novo é novo. Se o mecânico deu umas voltinhas no carro zero já não era mais zero. Estragou o patrimônio futuro, por assim dizer.
Quando o jogo começa, começa nervoso.
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