Relógio ao molho (*)

25 abr • A Vida como ela foiNenhum comentário em Relógio ao molho (*)

Uma jovem, identificada pelo seu uniforme de uma grande rede de lojas, estava no buffet de um restaurante da avenida Osvaldo Aranha. Já passava das 14 horas, porém o estabelecimento estava funcionando. Notava-se, que a moça tinha grande preocupação. Concluí que era com o horário.

No momento em que ela estava terminando de servir o seu prato, notei que o seu rosto mudou. Era um momento de vergonha, porém ela não teve outra saída e chamou o garçom:

– Garçom, meu relógio caiu no molho da carne.

Todo mundo olhou para ela. E lá foi o garçom “pescar” o relógio da moça.

Passado um tempo, terminou a pescaria.

Respondeu o garçom:

– Moça, aqui está o seu relógio. Ele (o relógio) deve ser de uma boa marca, falou o garçom, acrescentando:

– (…) caiu no molho e continua funcionando!

Ela, então agradeceu e completou:

– É, ele deve ser bom mesmo! Estou preocupada com o meu horário, a tal ponto que o meu relógio desprendeu do braço. Acho que o meu relógio quer chegar primeiro que eu no serviço.

E o garçom, sob o olhar do dono do estabelecimento, saiu com aquele monte de molho inutilizado para colocar no lixo.

No final de tudo, a moral da história: fica o relógio, vai-se o molho.

(*) colaboração Osni Machado

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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