Relógio ao molho (*)
Uma jovem, identificada pelo seu uniforme de uma grande rede de lojas, estava no buffet de um restaurante da avenida Osvaldo Aranha. Já passava das 14 horas, porém o estabelecimento estava funcionando. Notava-se, que a moça tinha grande preocupação. Concluí que era com o horário.
No momento em que ela estava terminando de servir o seu prato, notei que o seu rosto mudou. Era um momento de vergonha, porém ela não teve outra saída e chamou o garçom:
– Garçom, meu relógio caiu no molho da carne.
Todo mundo olhou para ela. E lá foi o garçom “pescar” o relógio da moça.
Passado um tempo, terminou a pescaria.
Respondeu o garçom:
– Moça, aqui está o seu relógio. Ele (o relógio) deve ser de uma boa marca, falou o garçom, acrescentando:
– (…) caiu no molho e continua funcionando!
Ela, então agradeceu e completou:
– É, ele deve ser bom mesmo! Estou preocupada com o meu horário, a tal ponto que o meu relógio desprendeu do braço. Acho que o meu relógio quer chegar primeiro que eu no serviço.
E o garçom, sob o olhar do dono do estabelecimento, saiu com aquele monte de molho inutilizado para colocar no lixo.
No final de tudo, a moral da história: fica o relógio, vai-se o molho.
(*) colaboração Osni Machado