Recalculando…

9 jul • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Recalculando…

Estamos vivendo a era do GPS do vírus. Quando se marca um trajeto ao desobedecemos, aparece a palavra do título desta nota. Com o vírus se dá o mesmo. Primeiro diziam que os casos começariam a cair em maio, depois junho, julho, agosto e agora falam em setembro. E mesmo assim, só em algumas regiões.

Imagem: Freepik

QUANDO SETEMBRO VIER

Estaremos mortos ou quebrados. Ou os dois juntos. Por esta última previsão, haverá regiões com mais ou menos mortes. Acho que foi no O Globo que alguém falou que o vírus Nojento era como chuva, um dia pega tudo mundo. Se for verdade, e até onde sei é, a pandemia nunca vai terminar. Enfraquece. Vírus não morre porque a rigor nem ser vivo é, é uma capa de proteína.

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MORTES NATURAIS

Portanto, estaremos todos infectados e supostamente imunes ao vírus. Para quem não morreu, claro. Teremos endemias do coronavírus assim como temos gripes comuns, que podem ser mais mortais se o paciente tiver as famosas comorbidades. Aliás, a H1N1 mata até hoje, e nem por isso é destaque.

A ANDAR DO BURRO

E por que não se destaca isso? Porque tá tudo dominado, como na música. É ideia fixa como um burro de tração que tem viseira para olhar longe e proteções ao lado da cabeça para que não olhe para os lados e não se desvie do caminho.

A IVERMECTINA

Lá no inicio de abril me esguelei de tanto escrever sobre a eficácia dos antiparasitários no combate ao coronavírus. Vermífugos são usados por animais e humanos há décadas e é ate aconselhável que nós os usemos pelo menos uma vez por ano. Dei referências, minha filha Fabíola que é Doutora em Veterinária colaborou e deu fé ao uso dos vermífugos, e só agora começam a falar nele.

BANDA ESTREITA

E a imprensa só aborda o assunto porque Bolsonaro está sendo medicado com ele. Eu tive conhecimento que o governo o estava testando com resultados promissores, depois não se falou mais nada. É a velha história, ninguém mais vai atrás, seja por falta de quadros ou por desconhecimento. Boa parte da imprensa está funcionando com banda estreita.

É PRO FANTÁSTICO?

Se algum luminar europeu, americano ou chinês tivesse anunciado que testes mostravam a eficácia de medicamentos com este princípio ativo, correriam pressurosos para saber da novidade, que não é novidade há quase um século. Sempre soubemos que ele é um derrubador de vírus sejam eles quais forem. Além de matar vermes, evidentemente.

Em resumo, eis o norte de parte da imprensa brasileira: tudo sobre a China, nada sobre a esquina.

TORRE DE BABEL

Isso tudo posto, leio que técnicos da UFSC acham que o uso da combinação da cloroquina com a ivermectina é “imprudente”. Já outra corrente diz que não é. Antiparasitários têm efeito profilático, ora bolas.Resumo da ópera: na Torre de Babel em que estamos vivendo, ninguém mais se entende.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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