Rodízio de quentinhas

8 ago • Caso do DiaNenhum comentário em Rodízio de quentinhas

Sobre comes & bebes eu tenho uma cláusula pétrea: espeto corrido e café colonial só valem o dinheiro que se paga se o freguês puder levar umas quentinhas para casa. Claro que o lucro enorme desse tipo de proposta se deve porque você não come nem 20% do que lhe é oferecido mas paga os 100%. Resulta que são as comidas mais caras do mundo.

No rodízio de carnes, por exemplo, eu seria bem modesto. Me bota picanha, lombinho sem queijo, salsichão – se for bom – e estamos conversados. Como? Ah, sim pode botar um pouco de salada de maionese, então chega. Não sou um morto de fome, rapaz.

Mesma coisa com o custo-benefício do café colonial. Então, doutor, me bota aí naquelas marmitas de alumínio cuca, bolos – uma fatia de cada um – geleia de figo e goiaba, se tiver schmier da colônia, bota um pote grandinho também, e, deixa eu ver, presunto e queijo para uns dois sandubas seria uma boa. Não, não quero azeitona, pepino ou picles.

Como é? Sairia caro para vocês? E o que já paguei de espeto corrido e de café colonial durante toda minha vida não vale nada? Posso levar quentinha todos os dias por um ano inteiro que nem arranha o que já paguei. Enfim, o mundo não é justo.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

FacebookTwitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

« »