Quem será
A questão não é por quanto tempo o Face reinará. A questão é que plataforma vai substituí-lo? O Face do B?
Bio o quê?
Além da baixa qualificação de muitos jornalistas em matéria de cultura geral, uma deficiência mais grave compromete o jornalismo de precisão: a falta de intimidade com temas técnicos e, pior, o desconhecimento do básico do básico em uma série de assuntos científicos. Ontem, publiquei aqui e no JC notas sobre o biodiesel que a BS Bios vai aplicar no Paraguai. A ser verdade, é uma revolução tecnológica.
A revolução
A empresa de Erasmo Battistella não vai fabricar o biodiesel clássico, terá adição de hidrogênio. Sabemos que o sonho da humanidade é substituir os combustíveis fósseis pelo hidrogênio, que necessita de eletrólise para ser criado. É zero poluição, porque o único resíduo ou subproduto é vapor d’água. O problema é que, ao quebrar a molécula de água, a energia necessária custa tanto ou mais que sua obtenção.
Hidro o quê?
Como é que os técnicos da ECB conseguiram essa façanha de integrar a molécula de hidrogênio merecia manchete. Como descrevi, isso só é possível no Paraguai porque a energia é quase de graça – vem de Itaipu. A burocracia que ajuda e o apetite do governo paraguaio por investimentos completa a equação.
O reino dos lambaris
Esse é o ponto. Quando comentei o fato muitos jornalistas das minhas relações não se deram conta da importância científica do novo biodiesel. E para eles eu estava falando grego misturado com dialeto urdu misturado com putonghua.
Perdemos nas redações o que o francês chama de savoir faire. Nadamos em aquários cada vez menores.