Quantos Geddéis você vale?

11 set • Caso do DiaNenhum comentário em Quantos Geddéis você vale?

 Os R$ 51 milhões amealhados pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima podem servir de base de cálculo para uma nova moeda, a moeda da corrupção. Vamos arredondar para R$ 50 milhões, que passa a ser um Geddel. Como a fatura das propinas, superfaturamentos diversos alcançam seguramente vários bilhões de reais, fica mais fácil para a sociedade saber a quantas anda a rapinagem, descabelada feita nos últimos anos.

 Mas o sol não nasce para todos. Um diretor da Petrobras do governo Lula/Dilma, já defenestrado do cargo, não atingiu um Geddel, porque o montante do afano foi de apenas R$ 47 milhões. Caso ele tivesse surripiado R$ 25 milhões dava para enquadrá-lo, valia meio Geddel apenas. Mas ele foi uma exceção. Só nas últimas semanas, detectei pelo menos uns sete ou oito Geddéis.

 Esse piso da nova moeda tem um problema. Como cada descoberta de malfeitos deixa os anteriores como se troco fossem, não demora e temos que criar uma nova moeda de corrupção. Um exemplo são os R$ 300 milhões do tal pacto de sangue da Odebrecht–PT, segundo o depoimento de Antônio Palocci, o homem forte dos governos Lula e Dilma. São seis Geddéis, mas, pelo andar da carruagem, tudo indica que será troco de novo. Então, vamos criar a moeda nova da corrupção com equivalência a R$ 300 milhões.

 Só não me ocorre o nome desta nova moeda. Farei uma enquete com meus leitores para criar um. Alguém aí tem uma sugestão?

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

FacebookTwitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

« »