Quando rir
Em sequência do assunto que chamarei de “Quando você precisa rir de uma piada contada” passo a enumerar algumas profissões ou cargos em que você deve ou não achar graça. Naturalmente, que não falarei sobre os óbvios ululantes, como o patrão. Sempre se deve rir do patrão, sempre. O problema é que é muito difícil patrão ter uma reserva de piadas boas.
Há outras exceções, como a sogra e o sogro. Logo que você começa a namorar sua futura mulher, é sempre bom rir. E aí é o mesmo problema. Diga sinceramente quantos sogros que são bons de bico você conhece? Ao contrário do pai dos seus amigos, quase sempre pelo menos um é do ramo. Bem, vamos lá, alguns casos. Antes, anote que a reação a uma piada vai do simples sorriso a gargalhadas indecentes passando por boas risadas.
POLÍTICO: se estão em fim de mandato nem ouça a piada. Caia fora.
POLÍTICO em início de mandato: ria se você precisar pedir um favor ao vereador ou deputado.
GENERAL: nos tempos que correm sempre é bom guardar pelo menos uma risada.
GENERAL DA RESERVA: não perca seu tempo. Só quem ri de piada de general de pijama é ajudante de ordens.
GENERAL QUE PEDE PIADA: se ele pedir que você conte uma nova, diga que primeiro ele tem que dar um tiro de canhão.
JUIZ: juiz não conta piada.
CARDEAL: só se você acredita em inferno. Neste caso, gargalhe.
PADRE COMUM: mesmo caso de juiz. E se contar, vai ser aquelas envolvendo anjinhos, trombetinhas, sininhos em cenário de nuvens brancas sob fundo azul celeste.
FREIRA: se aparecer alguma que conte uma, vai em cima porque ela está saindo da profissão. Quem mexe no cacho quer banana.
DONO DE BAR: em condições normais de temperatura e pressão só se você pendura a conta.
PROFESSOR DA FACULDADE: gargalhe. Pode ser aquela velhíssima do papagaio, que surgiu logo após o Big Bang.
VIZINHO: mantenha sempre boas relações de riso com eles. Se for vizinha, aí tem. Cai fora ou aguente as consequências.
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