Quando rir

5 ago • A Vida como ela foiNenhum comentário em Quando rir

Em sequência do assunto que chamarei de “Quando você precisa rir de uma piada contada” passo a enumerar algumas profissões ou cargos em que você deve ou não achar graça. Naturalmente, que não falarei sobre os óbvios ululantes, como o patrão. Sempre se deve rir do patrão, sempre. O problema é que é muito difícil patrão ter uma reserva de piadas boas.

Há outras exceções, como a sogra e o sogro. Logo que você começa a namorar sua futura mulher, é sempre bom rir. E aí é o mesmo problema. Diga sinceramente quantos sogros que são bons de bico você conhece? Ao contrário do pai dos seus amigos, quase sempre pelo menos um é do ramo. Bem, vamos lá, alguns casos. Antes, anote que a reação a uma piada vai do simples sorriso a gargalhadas indecentes passando por boas risadas.

POLÍTICO: se estão em fim de mandato nem ouça a piada. Caia fora.

POLÍTICO em início de mandato: ria se você precisar pedir um favor ao vereador ou deputado.

GENERAL: nos tempos que correm sempre é bom guardar pelo menos uma risada.

GENERAL DA RESERVA: não perca seu tempo. Só quem ri de piada de general de pijama é ajudante de ordens.

GENERAL QUE PEDE PIADA: se ele pedir que você conte uma nova, diga que primeiro ele tem que dar um tiro de canhão.

JUIZ: juiz não conta piada.

CARDEAL: só se você acredita em inferno. Neste caso, gargalhe.

PADRE COMUM: mesmo caso de juiz. E se contar, vai ser aquelas envolvendo anjinhos, trombetinhas, sininhos em cenário de nuvens brancas sob fundo azul celeste.

FREIRA: se aparecer alguma que conte uma, vai em cima porque ela está saindo da profissão. Quem mexe no cacho quer banana.

DONO DE BAR: em condições normais de temperatura e pressão só se você pendura a conta.

PROFESSOR DA FACULDADE: gargalhe. Pode ser aquela velhíssima do papagaio, que surgiu logo após o Big Bang.

VIZINHO: mantenha sempre boas relações de riso com eles. Se for vizinha, aí tem. Cai fora ou aguente as consequências.

Imagem: Freepik 

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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