Protesto como rotina

27 jul • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Protesto como rotina

Já parte do calendário dos porto-alegrenses e algumas grandes cidades gaúchas, o Dia da Liberdade de Impostos, comemorado dia 25, teve a rotina de sempre, com postos de combustíveis vendendo gasolina a R$ 2,50. Para dizer a verdade, sempre achei esquisito gente esperando em longas filas para pagar apenas R$ 2,50 pelo litro. Muita perda de tempo para pouco retorno financeiro. Está é faltando criatividade nas formas de protestar com a injusta carga tributária. Ninguém vai lá para protestar, vai é para encher o tanque.

Direto ao ponto

cartaz fecomércio

Já a Fecomércio-RS teve – ou a agência que criou esta peça – uma percepção melhor do que seja chamar a atenção para a carga tributária. O cartaz é instigante e atinge o nervo exposto com maior previsão. Pena que a difusão deste anúncio ou cartaz tenha sido muito restrita. Primeiro, deveria ser algo abraçado por todas as entidades e até por instituições diversas, não empresariais. Isolada, a peça perde alcance e efetividade.

E os outros?

retrato-de-feliz-bebe-de-3-anos_1398-2670

Quando falo em criatividade não é só atingir os adultos ou criar outras formas de chamar atenção para os impostos. Por que não envolver os mais jovens nessa guerra? Driblando com maestria problemas legais que envolvem exposição de menores, poderia se ampliar o mix de produtos, como colocar o preço do sorvete das crianças com e sem a carga tributária.

O porém…

…de sempre é que, sem engajar efetivamente o universo de consumidores nessa luta, fica por isso mesmo, apenas mais um dia do ano em que se compra combustível mais barato.

Duas caras

Engraçado. Todo mundo, inclusive a mídia, diz que não tem preconceito com a turma LGTB, mas quando assume ser gay como Lulu Santos anunciando seu novo namorado, ou um político que fez programa com travesti, fazem um escândalo dos diabos. Coerência, onde estás? O pior é que mesmo gente do ramo se alvoroça toda.

Momento gastronômico

Como quase todo mundo, eu gosto muito de massas. Na Capital gaúcha, sempre cito o Atelier das Massas, na Rua Riachuelo, Centro. Virou lugar cult. Gelson Radaelli, que além de ser o dono, também é ótimo artista plástico, sabe das coisas. Mas estamos falando de restaurantes, casas de massa, e eu quero falar em fast food, então abro o jogo: gosto muito do Spoletto, rede nacional que tem lojas em shoppings – conheço a do Iguatemi

O segredo é um ovo de Colombo. Você escolhe o tipo da massa e coloca molhos e temperos que quiser, até oito deles, se não me engano. Na terceira ou quarta vez, acertei minha fórmula, tanto de cebolinha, tantinho de tomate, tantão de pimenta etc.

Ao escrever essa nota evidentemente que eu tinha em mente que a fórmula dessa massa boa é o consumidor quem faz. No caso, eu.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

FacebookTwitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

« »