Profissão do futuro

9 mar • Caso do DiaNenhum comentário em Profissão do futuro

  Pelo lado que se olhe, há algo de profundamente estranho ou errado no sistema de delação premiada na versão brasileira. O sujeito faz gato e sapato, tira sorvete das criancinhas e rouba quentinha de sem-teto e sai solto, livre e leve como um passarinho, seja em semiaberto ou em prisão domiciliar. É a forma de chegar aos bandidos, dirão. Pode ser, mas delator, hoje é quase uma profissão.

  Diria até que é uma das chamadas profissões do futuro. A delação pode ser pensada antes de cometer o malfeito. É um planejamento que se faz ao passar a fronteira. E, às vezes, nem perdeu os anéis para ficar com os dedos. Por mais dinheiro que devolvam, sempre deve ter algum enterrado na cozinha do chalé da tia velhinha, que mora onde o diabo perdeu as botas.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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