Procura-se gerente
Há dias publiquei na página Começo de Conversa, que escrevo para o Jornal do Comércio, nota sobre a necessidade de Porto Alegre ter um gerentão, deixando o alcaide livre para compromissos oficiais, que motivou um leitor a comentar que esse é o espírito do parlamentarismo, que ele deseja ver instalado no Brasil.
Verdade. Como essa figura gerencial – um primeiro-ministro – não seria eleito, poderia ser demitido ad nutum, a qualquer hora. O presidente desse município parlamentarista nomearia um substituto em regime de CLT. Quem sabe dá certo.
E UM PRIMEIRO-MINISTRO
Espírito do parlamentarismo quem teve foi um famoso político gaúcho, que cumpriu pena em presídio do Interior. Foi injustiçado. De uma rara expertise em conquistar espaços, simpático e bem falante e perito em sobrevivência, o político em questão tratou logo de fazer amizade com o líder dos apenados. Conversa vai, conversa vem, o líder queixou-se que passava muito trabalho em administrar as broncas.
– É porque o teu regime político é presidencialista, todo o peso recai sobre teus ombros – ponderou o colega de sol quadrado. – Precisas adotar o parlamentarismo. Ficas de presidente, só bônus, nada de ônus.
Grande saída, raciocinou a liderança.
Adivinhem quem foi nomeado primeiro-ministro da cadeia?
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