Procura-se
Um jornal que tenha noticiado que a AstraZeneca está pesquisando um medicamento que confere imunidade imediata para os que tiveram contato com o coronavírus.
RETROSPECTIVA
Nunca fui fã das retrospectivas por uma razão: não tem como captar tudo de importante que aconteceu no mundo. É uma peneira cheia de furos balançada por masoquistas.
A MINHA RETROSPECTIVA
Ainda não consegui realizar. Eu queria entrevistar a antiga empresária da noite de Porto Alegre, a Marion da Gruta Azul e do Dragão Verde, boates dos anos 1960 e 1970. Marion Croaré Amarante está viva e mora em uma ilha do Litoral do Rio de Janeiro, pelo que soube.
Eu a conheci no tempo em que era repórter policial do jornal Zero Hora, em 1968. Na época, ele recém tinha começado a carreira operando uma pequena casa. O plantão da Polícia Judiciária (DPJ) implicava com ela por algum motivo. Detida sem motivo sólido, Marion era solta em seguida. Antes de entrar no táxi na frente do Palácio da Polícia, na avenida Ipiranga, ela gritava para os policiais.
– Um dia, vou ser muito rica e vocês vão me respeitar!
E foi mesmo.
A NOITE DOS UÍSQUES
Nos anos 1970, as chamadas boates bombavam em Porto Alegre. Não eram cabarés, tem que ser dito, essa era outra atividade em paralelo. A bebida nacional era o uísque, quase sempre falsificado, especialmente os importados.
Nos áureos tempos, figurinhas carimbadas da alta sociedade levávam respectivas mulheres para, como direi, apimentar a relação. Certa vez, o Gruta ou a Gruta, a essa altura sob comando do irmão da Marion, o Jorge, foi palco da apresentação de um filme.
A alta foi em peso. Não era pecado. Foi nessa hora que um paulista, cliente cativo da casa, veio direto do aeroporto e deu de cara com essa madame, já bem rodada. Paletó pendurado no dedo indicador, passou por ela. Encontrou o Jorge e falou curto e grosso.
– Jorge, essa casa já teve mulher mais nova.
FÓRUM SOCIAL MUNDIAL DA PESSOA IDOSA
A programação do VI Fórum Social Mundial da População Idosa (FSMPI), que será realizado dos dias 25 a 29 de janeiro de 2021, comemorando os 20 anos do Fórum Social Mundial, é bem diversificada. De forma totalmente on-line, serão abordados seis eixos, cujo tema central será “Um outro mundo é possível pós-Covid-19”. O Fórum será constituído de uma programação principal, com palestrantes internacionais e nacionais. Os temas abordados estão relacionados ao envelhecimento humano, cultura, educação, segurança, proteção e defesa dos direitos humanos pós-Covid-19. A programação paralela será anunciada em breve.
A Palestra Magna do dia 25 de janeiro será proferida pelo médico gerontólogo Alexandre Kalache, criador do projeto Cidades Amiga do Idoso, das 17h às 18h. Atualmente, ele é presidente do Centro Internacional da Longevidade – Brasil (International Longevity Center), vinculado ao Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (CEPE), filial do Instituto Vital Brasil (IVB).
Um dos coordenadores do FSMPI, Lélio Falcão, afirma que o envelhecimento populacional é uma realidade para a sociedade brasileira e que o mesmo acontece com a população gaúcha. Diante desta realidade, a coordenadora da Comissão Científica do Idoso, a doutora e mestre em Gerontologia Clínica Biomédica, Suzete Carbonell Leal, selecionou temas especialmente ligados à atenção, promoção, prevenção e cuidados, tendo como protagonismo a pessoa idosa.
Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.
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