Pobreza absoluta

30 dez • A Vida como ela foiNenhum comentário em Pobreza absoluta

Eu tenho duas Carteiras do Trabalho, uma está cheia e a outra pela metade. Sem contar os anos como PJ, trabalhei em um bocado de empresas de tudo quanto é especialidade. Não só no jornalismo, como em banco, propaganda, consultoria, na área executiva, bancos e dentro dessas atividades em várias subdivisões, diversas editorias e tarefas, como produção na TV, comentarista, criação etc e etc. E bota etc nisso. Até em um colégio, já fui um arremedo de professor. De formas que.posso dizer que conheço o rengo sentado e o cego dormindo com todas essas horas de voo que acumulei.

Posso fazer um ranking não só das piores e das melhores, como das mais estranhas, as em fui mais feliz, as que tive que trabalhar sem gostar do que fazia, das que tive mais ou menos amigos, as que pagavam melhor e pior, e as mais esculhambadas.

A mais pobre foi uma pequena agência de RP com alguma atividade no campo da propaganda. Um amigo me pediu, quase ajoelhado, que o ajudasse por algum tempo até ele sair do atoleiro. Concordei, até porque eu estava meio no que desvio temporariamente. Então posso resumir a pobreza da agência do meu amigo, que era pobre como rato de igreja, com poucas palavras.

Para datilografar meus textos eu precisava pedir emprestada a máquina de escrever de um advogado que tinha um escritório no andar de baixo do prédio. A casa não tinha nem máquina.

Tem que ver o lado bom de escrever mecanicamente. Pelo menos, o sistema não cai.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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