Os perigos da flatulência
Há anos, rolou na internet a foto de uma vaca argentina com uma espécie de mochila no lombo, uma geringonça que canalizaria gases intestinais a fim de armazená-los para posterior queima em algum motor, se bem entendi. Uma das acusações que se faz aos bovinos é que o metano que expelem estaria entre as causas do efeito estufa. Poderiam também ter dito que lavouras como a do arroz também expelem metano. No popular, o pum!!
Fiquei um pouco receoso de falar nisso, porque sempre pode aparecer um protesto com faixas de “Abaixo o arroz carreteiro!” ou “Carreteiro é assassino da natureza!”. Mas, e se a moda pega, com bombas como a dos postos de combustíveis vendendo pum! de vaca, com a própria estacionada no lugar da bomba? Ao frentista caberia a inglória tarefa de levantar o rabo da vaca (ou boi) com uma mangueirinha acoplada e enfiá-la no bocal do tanque.
– Quantos litros de pum! vão hoje, doutor?
– Completa.
Mas aí vem o problema. O governo ia querer fundar a estatal do Pum! E extraí-lo até no pré-pum! Para a política de preços criariam a Agência Nacional do Pum!, ótimo cabide de empregos. Os motores dos carros teriam que ser triflex, álcool, gasolina e pum!. De repente o pum! entra na cesta básica, porque não?
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