Pequenos prazeres
Com a fechadura quase que geral, minhas longas caminhadas matutinas carecem de algo que é um dos prazeres da vida, tomar um bom cafezinho no meio da ida e da volta, porque as cafeterias estão fechadas. Gosto do bufê do Lee, na Ramiro Barcelos passando a Independência, mas café só no restaurante ao lado, e de pé. Café exige recolhimento, é quase uma missa.
Imagem: Freepik
Entonces, descobri uma cafeteria pequena em um viela da Independência que é uma graça. Tem uma mesinha isolada do lado de fora. Já sabem o resto, então a vida é boa.
Pequenos desprazeres
Um cretino montando uma bike quase me atropela por trafegar na contramão da faixa dos ônibus. Então a vida é perigosa. Quem nos salva destes irresponsáveis? Só o anjo da guarda, se não estiver com Covid.
A batalha do século
Trata-se de uma batalha feroz entre dois exército. Um defende a tortura e fim do isolamento tal como é hoje; o outro quer fechar tudo e mais um pouco para sempre. Cada um tem pelo menos uma dúzia de generais. Os altos oficiais do lockdown eterno querem que as ruas e comércio tenham zero gente.
Esse generalato divulga ordens do dia em que a palavra vacina não aparece. Já na armada oposta, as ordens do dia tem muitas dessas, e uma delas é “enquanto a vacina não vem”. Embora alguns coronéis discordem, o andar de patentes de cima acha que é uma questão de tempo. Citam os Estados Unidos, que registram queda acentuada de casos, embora em números absolutos ainda é muita gente que fica doente.
O serviço de inteligência deste exército verificou que os americanos estão vacinando dois milhões por dia. Já vacinaram 51 milhões de sobrinhos do Tio Sam, e subindo.
Generais contra novo lockdown argumentam que vamos matar os doentes pela cura, pois a economia já está indo para o brejo cada vez mais difícil de sair. Tanto faz, dizem os falcões, se não tiver fechadura e toque de recolher duela a quién duela, vamos morrer todos.
No futuro….
…os historiadores vão acrescentar outra revolução além da industrial, tecnológica e digital, a covidiana. E entre outros esgotamento de recursos naturais, estará o esgotamento de leitos e UTIs.
Façam o jogo, senhores
Estamos vivendo o mesmo drama do heliocentrismo, quando a Igreja Católica (sempre ela!) queimava ao vivo e a cores aqueles que não acreditavam que a Terra era fixa e o Sol é quem girava e torno dela. Um certo Galileu quase virou churrasco, mas na última hora acionou o extintor da mentirinha, e ficou resmungando entredentes.
Quem vencerá essa batalha final? Façam o jogo.
Esse é o cara
A história é um conto cheio de som e fúria, narrada por um idiota e significando nada. Saiu da boca de Hamlet, mas foi colocada nela nela por William Shakespeare.
A tossida da vaca
Eu ainda mato a Claro com suas ligações impertinentes que desfere há mais de ano. Claro, que fique bem claro que não quero seus serviços nem que a vaca tussa e assobie o Hino Nacional de trás para frente.
Presídio
OAB/RS informa: Acesso à Cadeia Pública de Porto Alegre está restrita à advocacia devido à gravidade da pandemia. Saiba mais clicando aqui.
Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.
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E aí meu correspondente de guerra que tá certo ou ambas as partes estão errada