Pela primeira vez…
…em muitos dias o processo de impeachment do prefeito Marchezan Jr. não esteve nos holofotes. Sem bem li, apenas uma luzinha. Como ele ganhou liminar, fica em banho-maria até um juiz cassá-la. Ou não. Mas ele tem mais bala jurídica para disparar.
Só não é bala de prata.
TAMBÉM PELA…
…primeira vez em semanas não saiu a expressão “crise politica” no governo Bolsonaro. Não se fazem mais crises duradouras. Enche o leitor. Usamos em demasia a palavra crise. Quando surge uma de verdade, não sabemos como defini- la.
A GURIZADA…
…não tem esse problema. Usam “tri” ou “super” com reforço de “assim meio que”.
EM PORTO ALEGRE…
…comércio e prefeitura meio que fizeram uma trégua, mas também meio que falta muito para fumar o cachimbo da paz.
IMAGINE
Imagine se fosse em anos passados a carga pesada de pesquisas que seriam feitas para saber se os porto-alegrenses aprovam ou não o impeachment de Marchezan. Acho que sim, mas nunca saberemos. E nem mesmo a proporção entre sim e não.
COLATERAL
Como nos medicamentos, não existe pesquisa sem efeito colateral. Se induzem ao voto e – de novo – em que proporção, nem os mais avançados modelos matemáticos poderiam aquilatar. Entrementes, chutamos.
A NOVA ESPERANÇA
Agora são alguns medicamentos corticoides que prometem ser matadores desse vírus da peste. Um dia, quem sabe, saberemos que a cura pode estar bem do nosso lado. Faz lembrar o caso um folclorista gaúcho me contou em 1973, na gravação de um comercial de TV.
A EXTRAORDINÁRIA VOLTA AO MUNDO
Seu filho sofria de uma lesão congênita no coração. A cirurgia era de altíssimo risco. Consultou trocentos especialistas e a resposta era a mesma, só o doutor tal em tal lugar. Não acertou um. Quase desistindo, um cardiologista disse que só quem poderia operar o guri era um médico japonês.
Vendeu carro, casa, fez uma vaquinha, ganhou passagem da Varig e se foi a Tóquio. Marcou consulta, o doutor fez exames, analisou e balançou a cabeça.
– Só quem sabe fazer essa cirurgia é um compatriota seu, doutor Euclides Zerbini, de São Paulo.
Perplexo, o folclorista voltou ao Brasil, marcou consulta com Zerbini, que operou o guri.
E o salvou.