Pausa para o churrasco

25 mar • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Pausa para o churrasco

Falta de de popularidade não é o problema do general Hamilton Mourão. Ao contrário. Depois de cumprir agenda junto ao Colégio Militar de Porto Alegre, que estava de aniversário, o vice-presidente falou aos auxiliares que queria comer na Churrascaria Barranco, uma instituição porto-alegrense. A comitiva utilizou a salão interno. Em seguida ele pediu carne, costela, picanha, o que visse.

Com a casa cheia, Mourão levou um bom tempo para percorrer o espaço entre o corredor apinhado de gente até o estacionamento da casa. Como na Fiergs, atendeu a todos, cumprimentou as pessoas que estavam nas mesas, não se furtou aos selfies, e fez uma parada extra numa senhora com criança no colo. Foi muito aplaudido,

Falou no painel “Desafios de uma nação – segurança pública em foco”. Teve momentos de descontração com convidados e um pequeno grupo de jornalistas no coquetel que antecedeu o almoço com lideranças políticas e empresariais.

Direto e polido

mourãoMourão quebra todos os estereótipos que se fazem de militares, especialmente os de alta patente. Não é truculento nem olha interlocutores de cima, bem ao contrário. É afável e atencioso mesmo com desconhecidos.

Macaco velho

Jair Bolsonaro precisa sair da toca e se comunicar mais. Do jeito que está levando o barco, é óbvio que sua popularidade enfraquece. Sem falar nas desastradas frases dos filhos. Sabem o que falta a eles? Um bom assessor de imprensa, mas que seja macaco velho em matéria de redação (de jornal, TV e rádio).

Esse era

Mourão é rápido no gatilho do discurso lido. Acrescenta cacos geralmente bem-humorados ao texto original. Durante o discurso feito no almoço, comentou da necessidade de o Brasil abrir sua economia, disse a famosa frase “não existe almoço grátis”. Sem titubear, acresceu “menos este”.

Segurança

Tópicos extraídos da palestra do Gen. Guilher Teóphilo, Secretário Nacional de Segurança Pública no painel sobre a segurança.

“O que acontece na região da Cabeça do Cachorro (na Amazônia) é o roubo de nióbio, uma riqueza de alto valor. Também são levados animais silvestres e peixes ornamentais, vendidos a peso de ouro no exterior. O Brasil é o segundo maior consumidor de drogas do mundo, só perdendo para os EUA.”

“É preciso mudar a lei. Um perito que vai fazer seu trabalho num lugar conflagrado – como numa favela – não está armado. Ele não tem porte de arma.”

“Polícia Civil é como obra enterrada: ninguém vê, não dá voto.”

Uns e outros

Há uma enorme diferença entre as prisões de Lula e de Michel Temer. O petista foi condenado duas vezes e em segunda instância: Temer nem réu é ainda.

Funcriança

Não esqueça: na sua declaração de Imposto de Renda destine 3% para o Funcriança. A declaração está mais fácil este ano para quem quiser ajudar o futuro do Brasil.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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