• Termômetro supermercadista

    Publicado por: • 20 abr • Publicado em: Notas

     Um dos mais fiéis termômetros da economia por sua penetração e representatividade no cotidiano dos consumidores, o setor supermercadista gaúcho mostrou sinais de retomada e voltou a crescer, em 2016, na comparação com o ano anterior. Nesta quarta-feira (19), o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, revelou os detalhes do Ranking Agas 2016, estudo que contemplou as 252 maiores companhias do setor no RS.

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  • Procura-se criatividade

    Publicado por: • 19 abr • Publicado em: Caso do Dia

     Há muito tempo que reclamo de um vício da imprensa gaúcha, o de achar que o mundo gira em torno das coisas de Estado e dos seus servidores. Mesmo de forma inconsciente, as pautas são preferencialmente dirigidas a ele e a seus funcionários e entidades. Há um comodismo nisso, porque estes seres jurídicos ou físicos são os mais geradores de releases que existem. Só que eles não são o umbigo de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul, no caso.

     Então vem tudo pronto, e como tal é aproveitado sem remorsos. Sim, há uma certa preguiça de cobrir o dia a dia. Até mesmo as editorias especializadas, como é o caso do CDO da Zero Hora, ocupam-se preferencialmente desta área. A cobertura do resto é falha.

     Sempre uso o exemplo do Hospital Conceição. Muda a diretoria é capa de jornal; muda a diretoria de um grande hospital privado e não se lê nada fora do release em um canto do jornal, quando ele é disparado. Observem as colunas políticas. Quase todas as notas falam de escândalos erros e acertos (na ótica do articulista) e, raramente, a atividade parlamentar em outros assuntos é coberta.

     Estamos maduros para algum fenômeno editorial novo, como foi O Pasquim, assim como estamos maduros para uma novela fora dos arquétipos, como foi o caso de Beto Rockefeller, e estamos maduros – maduríssimos – para uma nova proposta de rádio como foi a Continental de Porto Alegre, nos anos 1970.

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  • Criação, a falha (4)

    a falha na criação da girafa

    Publicado por: • 19 abr • Publicado em: A Vida como ela foi, Fabulinhas

     Quando os animais passaram a ocupar o paraíso, o Criador se deu conta que houve lamentáveis falhas de projetos em um bom número deles. Então aqui vai um relatório sobre alguns deles.

     A GIRAFA

     Este animal de longínquo pescoço foi bem desenvolvido pela engenharia do paraíso, mas, infelizmente, esqueceram de deixar o pescoço imobilizado, e isso por uma boa razão: a girafa foi pensada como torre de controle para pássaros, concebidos como drones para fiscalizar o paraíso, quando pousavam para se reabastecer de comida em uma árvore ou para construir ninhos. Tanto que ela tem dois corninhos na testa, que deveriam ser antenas de radar para controle do circuito de tráfego, daí a sua altura.

     Tudo indica que o almoxarifado celestial estava em falta dessa estrutura de imobilização, então deram-lhe vida sem ela. Então ela começou a comer as folhas das copas das árvores. Além disso, ficou livre para dar cabeçada nas outras girafas na luta para ser a girafa-alfa. Um horror, em resumo. Para piorar, as longas pernas facilitavam sua fuga da vocação original.

     Todas as girafas ficaram felizes com a mudança na sua, embora sentissem dores terríveis quando nasciam. Cair daquela altura reto para o chão não é exatamente agradável. Quando as girafinhas levavam aquela porrada ao aterrissar diziam “ninguém merece…”. Foi assim que nasceu essa expressão.

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  • Senhor, fazei-me casto, mas não agora.

    • Saulo, antes de virar São Paulo •

  • O dever de não mentir

    Publicado por: • 19 abr • Publicado em: Notas

     Em épocas de grande agitação, o dever do intelectual é manter-se calado, pois nessas ocasiões é preciso mentir e o intelectual não tem esse direito. Que assim falou foi o filósofo espanhol José Ortega y Gasset. Muito tempo depois, essa frase veio a calhar para muitos políticos, expediente que hoje chamamos de ficar em cima do muro.

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