• Vero Pay

    Publicado por: • 30 maio • Publicado em: Notas

     O Banrisul oferece aos seus clientes um novo serviço, o Banricompras Vero Pay, para o pagamento de compras nas maquininhas da rede Vero, sem a presença física do cartão Banricompras. Está disponível dentro do aplicativo Banrisul Digital, que pode ser instalado em smartphones com sistema Android e IOS. Por meio da ferramenta, o cliente gera um Banricompras virtual, determinando o valor desejado, e pode ser utilizado para pagamentos de compras ou até mesmo enviado para uma terceira pessoa, pelas redes sociais, como Whatsapp ou Facebook e outras.

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  • O bode na sala 

    Publicado por: • 30 maio • Publicado em: Notas

    O cantor e apresentador Ronie Von entrevistou o escritor gaúcho Ari Riboli, no seu programa Todo Seu, na TV Gazeta de SP, veiculado em 19/05 e, nos melhores momentos da semana, em 20/05. Autor de seis livros (O bode expiatório) e referência em origem de palavras e expressões, o professor da Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre, explicou a origem de ditados e expressões populares (a vaca foi pro brejo, estar com a macaca, tem boi na linha, bode expiatório, boi de piranha, quando a esmola é demais até o santo desconfia, soltar a franga etc) em conversa descontraída.

    Você pode acompanhar pelo link:

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  • Sabe que eu também?

    Publicado por: • 30 maio • Publicado em: Notas

    Foto: Fernando Albrecht

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  • A encruzilhada do prefeito

    Mercado público de Porto Alegre pode ser privatizado pelo prefeito

    Publicado por: • 29 maio • Publicado em: Caso do Dia

     A Prefeitura de Porto Alegre quer mexer no Mercado Público, privatizá-lo ou algo parecido. Desconfio que o empreendedor, que provavelmente já deu as caras, vai shopinizar, como alguém escreveu no jornal Zero Hora, o vetusto e querido espaço. Prefeito Nelson Marchezan, não cometa esse crime. Cobre reformas dos permissionários das bancas, faça com que eles banquem outras obras, como as necessárias no segundo andar, fechado desde o incêndio, mas, pelo amor de Deus, não mexa no espírito desse templo sagrado.

     O senhor provavelmente nunca entrou nele antes de ser prefeito, nunca deve ter ido a uma das bancas comprar um queijo especial ou um embutido ou azeite especial, nem mesmo foi buscar um adereço nas bancas que vendem produtos para cultos afro, duvido que tenha comprado peixe ou camarão e até mesmo algum produto nas lojas de produtos naturais, nem nas fruteiras ou comprou erva mate em mistura que o senhor mesmo criou. Nem comprou um vinho ou espumante especial de primeira, nem comprou gibi no sebo, du-vi-de-o.

     Portanto, prefeito Marchezan Jr, o senhor não foi picado pela magia que emana do Mercado, que oferece produtos tanto ao trabalhador de salário baixo, que encontra costela a preço bem em conta, quanto o rico que compra jamón espanhol Pata Negra que custa R$ 1 mil reais ou até mais. Melhore, mas não mexa no essencial. É um pedaço da Porto Alegre antiga, uma venda colonial.

     E não me leve a mal, mas deixo aqui um aviso. Não é à toa que, aos sábados, o pessoal dos cultos afros vai ao centro do Mercado para cantar e fazer oferendas. É que neste preciso ponto está enterrado um bará que zela pelo Mercado Público e já evitou sua destruição total no último incêndio. É a encruzilhada do bem.

     Se mexerem com o espírito do Mercado Público Central, Porto Alegre morre.

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  • Conversa de estátua

    Publicado por: • 29 maio • Publicado em: A Vida como ela foi

     Chovia forte na sexta-feira. Os poetas Carlos Drummond de Andrade e Mário Quintana molhavam-se na Praça da Alfândega, em Porto Alegre. Nem as pombas arriscavam-se no toró. Poderiam a ir a pique, o que seria esquisito para uma ave. De dia, eles ficam quietos, mas, nas madrugadas desertas, os seus fantasmas entram nas peças frias de metal, aquecendo-as. E eles falam.

     – Que toró, hein Carlos? Não tens medo de te resfriar?

     – Eu não, imagina. Minha saúde é de ferro, Quintana. Nunca ninguém chamou você de Mário?

     – Chamou, mas não gostei. Sabe, aquela piada infame de conhecer o Mário…

     – Imagino. Pra mim, Carlos está de bom tamanho. Desde que eu fui ser gauche na vida.

     – Também sinto saudade da minha mãe, lá do Alegrete. Ô Carlos, nesses anos todos que estás em Porto Alegre, o que mais chamou tua atenção?

     – O frio. Terra fria essa sua, Má…Quintana. Lá na minha Itabira, nas Minas Gerais nunca mais, o clima é menos úmido. E todo mundo me conhece, ao contrário dos gaúchos que passam por mim.

     – E Belo Horizonte?

     – Nunca mais, meu poeta, nunca mais.

     – Triste horizonte. Que coisa.

     – Meu caro Mário Quintana, sabes que eu gosto muito das nossas conversas. Pena são os chatos que passam e nos obrigam a ficar mudos.

     – A recíproca é verdadeira. E concordo sobre os chatos. Pior são os que fazem graçolas e tiram aquelas fotos…como é mesmo o nome?

     – Selfies. Um dia, vi um casal de namorados falando que iam tirar um. Custei a entender do que se tratava. Até já escrevi…

     – Sobre fotografia? Sim, conheço: “É preciso que a lente mágica/enriqueça a visão humana/e do real de cada coisa/um mais seco real extraia/para que penetremos fundo/no puro enigma das imagens.”. Bonitos versos, Carlos.

     – Bem, acho que temos que nos calar. Estou vendo que alguns assaltantes caminham em nossa direção.

     – Concordo. Vamos antes que nos roubem. Já perdemos a vida, só nos falta que levem nossos corpos para alguma fundição de fundo de quintal.

     Então os dois ficaram mudos e imóveis, como convém às estátuas. Seus fantasmas foram embora, voaram para a um lugar em que poetas ainda fazem poesia, mesmo que ninguém mais leia seus escritos por mais belos que sejam. Você não acredita nisso, leitor, eu sei, mas não é do sobrenatural que estou falando. Como escreveu Mário Quintana, tudo é natural, inclusive o sobrenatural.

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