• A viagem da hélice

    Publicado por: • 21 jul • Publicado em: A Vida como ela foi

     Dois amigos, um deles empresário da área de tecidos em Porto Alegre, gostavam muito de pescar e da vida ao ar livre. Resolveram comprar um sítio em Taquara (RS). O antigo dono deixou uma série de trastes espalhados em um galpão, e disse que eles podiam fazer deles o que quisessem. Entre eles, havia uma hélice de avião da II Guerra Mundial. Que diabos fariam com ela?

     Um deles telefonou a um famoso brique, na Rua da Praia de Porto Alegre, e ofereceu a raridade ao proprietário, que nem quis conversa. Que diabos eu faria com uma hélice de avião? – falou. Para o empresário de tecidos, o assunto terminaria aí, afinal, o interesse deles era no sítio. Mas o sócio achou que podia dar a curva.

     Então pediu a um amigo que fosse no dono do brique e perguntasse se, por acaso, ele tinha uma hélice de caça da II Guerra Mundial. O homem foi à loucura, dias antes alguém oferecera uma e ele não quis nem conversa. De repente, poderia aparecer outra. Quanto ele estaria disposto a pagar pela raridade?

     – Bem, eu pensei em pagar 4 mil.

     – Acho que consigo uma, deixa comigo.

     Era uma bela soma na época. Não demorou e ele recebeu a visita do dono da peça perguntando se havia novidades, se não aparecera algum colecionador interessado. Sim, disse exultante, eu te pago 2 mil por ela. E assim foi feita a transação.

     De posse da velharia, o dono do brique ligou para o interessado em comprá-la e o informou que tinha essa parte do avião, e que a venderia pelos tais 4 mil. A resposta foi uma ducha de água fria.

     – Infelizmente, surgiu um problema e tenho que desistir dessa compra. Obrigado mesmo assim.

     A hélice ficou anos na vitrine e não se sabe que fim levou. Já o sócio do sítio rachou os 2 mil com o parceiro.

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  • Uma parte de mim é permanente, outra parte se sabe de repente.

    • Ferreira Gullar •

  • O atum de ouro

    Publicado por: • 21 jul • Publicado em: Notas

     Eu não como sushi porque no me gusta e também porque esse negócio de comer peixe cru é contra minha religião. E minha convicção firmou ainda mais quando vi um documentário sobre fornecedores de peixes para restaurantes japoneses. Fiquei impressionado, porque uma espécie rara de atum, o atum azul, chega a ser vendida por US$ 40 mil para os donos das casas, e que há casos de se pagar até US$ 200 mil, dependendo do peso e da qualidade do pescado.

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  • Peixe estressado

    Publicado por: • 21 jul • Publicado em: Notas

     Mas foi na entrevista com um dos mais famosos donos de restaurantes japoneses que fiquei com a pulga atrás da orelha. Ele contou com mais detalhes algo que eu já tinha mencionado neste blog há tempo: o peixe fresco é ruim para fazer suhi, na hora da captura e abate a carne perde qualidade pelo estresse do animal, óbvio.

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  • Parasita congelado

    Publicado por: • 21 jul • Publicado em: Notas

     E então, o que deve ser feito para degustar um produto de altíssima qualidade? Em síntese, explicou o japonês, ele deixa o peixe por quatro dias ou até mais e – aí vem a bomba – em um congelador a 77º Celsius por todo esse tempo. Do contrário, os parasitas perigosos para a saúde humana não morrem de vez.

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