• Nossa mãe!

    Publicado por: • 14 jul • Publicado em: Notas

     E se eu contasse que existe um projeto na Assembleia Legislativa proibindo a aviação agrícola no Rio Grande do Sul?

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  • Manual do trabalho

    Publicado por: • 14 jul • Publicado em: Notas

     O portal New Trade publicou uma lista do que não se deve fazer em serviço. Entre as proibições, fazer fofoca, trabalhar doente, falar em política e roubar comida de colegas. Eu acrescentaria outra: comer quentinha na mesa diretora do Senado. Pior que isso só arrotar no microfone.

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  • Harmonia em Harmonia

    Publicado por: • 14 jul • Publicado em: Notas

     O governo do Estado, por meio do BRDE, assina hoje contrato de financiamento com a Empresa Ouro do Sul, para expansão da Unidade de Produção de Leitões da cooperativa, situada no município de Harmonia. O governador José Ivo Sartori e o diretor-presidente do BRDE, Odacir Klein, estarão presentes no evento.

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  • O festim da marmita

    Publicado por: • 13 jul • Publicado em: Caso do Dia

     E se pega a moda deitada por suas excelências senadoras da oposição de sentar na mesa diretora do Senado e, em seguida, comer quentinhas, trazidas por algum serviçal? Vai ser uma maravilha, o primeiro bufê legislativo do mundo. Como algumas estão na mira do tiro da Lava Jato, quem sabe estão treinando e comendo comida de pobre para,k quando e se tiverem, de ir para alguma Papuda feminina. Notei que até deputados petistas participaram da sessão marmita.

     Até acho que elas deveriam fazer upgrade na boia. Por exemplo, levar minichurrasqueiras para grelhados, quem sabe até um réchaud para assados mais complexos. Dali para aparecer naqueles programas de culinária da televisão seria um passo, com desafio de chefs e outras mumunhas do gênero.

     O único problema que suas excelências enfrentarão é a possibilidade da chefia da casa apagar a luz, mas é preciso fazer limonada do limão. Elas poderiam comer à luz de velas, ora. Como diz um samba cantado pelos Demônios da Garoa, “Nóis samba no escuro que é muito mais legau”.

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  • Uma traíra incomum

    Publicado por: • 13 jul • Publicado em: A Vida como ela foi

     O seu Pacheco era capataz de estância lá pelas bandas do Alegrete. Era um tipo divertido e de vasta cultura campeira, com um vocabulário peculiar para descrever situações. Uma vez, fui matear com o índio veio no galpão. O dia já perdia a batalha para a noite, e o último combatente era uma fímbria de sol teimoso na altura do Pouso Novo, lado que à noite se vislumbravam dois sóis artificiais colocados na cabeça da locomotiva do trem húngaro que vinha de Uruguaiana.

     Ele não estava no galpão, disseram-me que seu Pacheco fora buscar um cachorrinho serelepe e aprontador que fugiu da segurança para alguma aventura no campo. Não demorou e lá veio o capataz trazendo no colo o cusquinho, cruza de vira-lata com alguma cadela de madame. Desceu do cavalo e arqueou as costas.

     – Custei a achar. Estava na beira da Sanga Grande. E já não deslumbro mais como antigamente.

     O deslumbrar era vislumbrar. Dependendo do vislumbre, dá no mesmo. Seu Pacheco sentou devagarito na sua cadeira de fabricação própria e pegou a chaleira da trempe. Pensou alto.

     – Mudou muito desde os tempos do Major Pedro Olímpio. Perto da Sanga Grande tinha um açude pequeno, mas ansim de traíra. Eu dava um tempo e, quando achava que elas já estavam grandotas, ia pescar. Um dia, fisguei uma que me fez cair de costas. Uma presa era de ouro? Traíra com dente de ouro, dá para acreditar? Codelôco! Com o susto ela se soltou e voltou para a água.

     A cuia roncou.

     – Fiquei tempo sem ir ir pro açude, aquilo era mal-assombrado pra ter traíra com dente de ouro. Uns meses depois, bebi uma canha forte, tomei coragem e fui lá de novo. Joguei o anzol e de novo caí de costas. Fisguei outra traíra, e ela falava!

     Encheu a cuia de novo.

     – E sabe o que ela falou? Disse “pelo amor de Deus não me mata porque sou a dentista da outra traíra!”

    Passou-me a cuia.

     – De maneira que não tenho prova, mas que aconteceu, aconteceu.

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