• Os cabarés de Porto Alegre

    Publicado por: • 4 ago • Publicado em: A Vida como ela foi

     O cabaré é uma instituição mundial que, cá no Sul, sofreu uma metamorfose. Le Grand Cabaré, por exemplo, é um programa da TV francesa do animador Patrick Sebastièn, exibido quase todos os sábados por volta das 23h, um conjunto de acrobatas, mágicos, humoristas, mímicos e outros artistas, um espetáculo que recomendo. Foi assim que eles chegaram ao Brasil, em especial no Rio de Janeiro dos anos 1940/50.

     Para variar, no Rio Grande do Sul tinha que ser diferente. Cabaré, também chamado erroneamente de rendez-vous, era uma casa de garotas de programa muito antes dessa expressão ser inventada. Prostitutas de alto luxo, meia-boca ou em petição de miséria. Reinava absoluta a boate Mônica, no Cristal, cuja dona era uma senhora que veio do Leste Europeu, búlgara ou húngara. Traduzia até Thomas Mann, uma intelectual fugida das delícias do comunismo.

     Cabarés abundavam. Dorinha, Ma Griffe, Lygia, Marlene, Soninha, Míriam, Antônia e vários Dois Leões – havia vários, porque ficavam em casas de tempos antigos cuja arquitetura sempre botava a cabeça de dois leões no portão principal. Tinha ainda a Casa dos Barbantes e uma casa incrível, que apelidamos de Cabaré da Bandinha. Não havia garotas novas, na maior parte dos casos, acima de 27/28 anos. E se você pensa que era o paraíso das doenças venéreas, está muito enganado.

     Todas que tinham a prostituição como profissão eram obrigadas a portar a Carteira da Saúde, expedida pela Secretaria da Saúde, que exigia que elas fizessem, pelo menos uma vez por mês, cultura de urina e exames de sangue. Se desse negativo, vinha um carimbo, que muitos fregueses faziam questão de ver antes mesmo de acertar o preço. Não se teve notícia que estas mulheres tivessem falsificado o carimbo, algo relativamente fácil, então vocês entendem quando minha geração diz que o mundo era infinitamente melhor do que hoje?

     Na segunda-feira, conto mais sobre estas casas, suas mulheres, que até se apaixonavam por seus clientes.

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  • Se existe tanta crise é porque deve ser um bom negócio.

    • Jô Soares •

  • Os beberrões

    Publicado por: • 4 ago • Publicado em: Notas

     Na discussão sobre os mais de 30% que viajam sem pagar passagem no transporte coletivo de Porto Alegre e a tarifa, nunca mencionam certos dados relevantes no item custos. Nem as empresas mencionam que um ônibus articulado consome um litro de diesel a cada 1Km/1,5Km. Bebem muito, esses rapazes. Mas quem bebe mais ainda são os motores de transatlânticos: com um litro de combustível só percorrem quatro metros.

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  • Perigo na área

    Publicado por: • 4 ago • Publicado em: Notas

     Li na ZH que entregaram uma camisa do Grêmio para o Papa. Em princípio, ele deve orar pelo tricolor, mas é bom ir devagar. Sabem como é, ele é argentino…

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  • São tantas lembranças…

    Publicado por: • 4 ago • Publicado em: Notas

     Recebi um release sobre um novo tipo de negociador para os tempos atuais, o negociador assertivo. E o texto explica que “o ponto-chave de discussão é que negociar é uma habilidade que pode ser desenvolvida por qualquer pessoa. Ser um negociador assertivo é ser firme com o problema e, ao mesmo tempo, doce com as pessoas.” Lembrei do presidente americano Teddy Roosevelt, que criou a política do Big Stick. No popular, se resumia em uma frase: “Fale suave, mas tenha sempre um belo porrete à mão”.

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