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Gavião unido jamais será vencido!
Li na Zero Hora que os pousos e decolagens do aeroporto Salgado Filho deixaram de contar com um rigoroso sistema de vigilância. Os dez gaviões e falcões, que eram acionados para impedir a aproximação de aves de pequeno porte de aeronaves, não estão mais no local. O contrato da Infraero com a Hayabusa Falcoaria foi encerrado.
Nestes tempos em que se aciona o Judiciário por qualquer coisa, fico imaginado que os gaviões podem entrar com reclamatória trabalhista. Em vez de passeata, sobrevoo na pista do Salgado Filho com aquelas faixas “Queremos Justiça!”. O Ibama seria acionado e certos setores radicais e insinceros encampariam a luta dessas aves de rapina.
Podemos ter audiências públicas, protesto no aeroporto, discursos na Esquina Democrática sobre a crueldade que fizeram com essas aves, que, além de tudo, não tinham carteira assinada nem direito a férias e a 13º. Ação de dano moral eles ganham fácil. E certamente teremos em breve o Partido dos Gaviões, o PAGAVI, o 36º partido político neste confuso país chamado Brasil.
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Papo de cozinha
O fogão estava aceso, as panelas de prontidão. Um a um começaram a entrar os convidados. Quem primeiro assomou à porta foi Ris Oto, seguido do russo Strogo Nofe. Na esteira, entraram o Talha Rim, Sand Uíche, Sal Sichão, Hamb Urguer, Pica Dinho, Guisa Dinho, Pol Enta, Gal Eto, Ome Lete. Pica Dinho era o mais aflito.
– Onde estão os palitos, alguém viu meus palitos? Sem eles não sou nada!
Strogo Nofe zombou dele.
– Tu nem comida de verdade é, cara. No máximo, és como teu primo Tira Gosto.
Foi a vez de Guisa Dinho entrar no papo.
– Para com essas frescuras, Nofe. Nada mais és que um metido a besta, um falso aristocrata.
Hamb Burguer, que estava procurando seu pão, defendeu Strogo Nofe.
– Guisa Dinho, tu não é nada. Um monte de tu sou eu.
– Humpf! Carne vermelha. Em matéria de saúde sou mais eu – falou Gal Eto. – Eu sou…
-…um monte de hormônio sem pena. A melhor coisa tua, tu bota fora, que é o ovo – atalhou Talha Rim.
– É, mas quando eu me junto contigo ficas mais gostoso…- ironizou Gal Eto. – Pelo menos é o que todos dizem, seu promíscuo…
Do alto das suas três camadas, Sand Uíche entrou de sola.
– Comida por comida, eu sou a mais apreciada e a mais conhecida. E em todo mundo.
Viu? – berrou Ome Lete. – Nem identidade tens! Uma hora tu és aberto, outra hora, fechado. E tem mais: se tirarem de cima de ti o ovo de codorna, a cenoura, o pepino e o tomate não és mais nada se não uma fatia de pão. Sai, Sand Uíche de picles!
Sand Uíche ficou acabrunhado. Foi consolado por Sal Sichão.
– Não fica triste, esses caras têm é inveja da tua universalidade.
– Sal Sichão! – gritou Pol Enta. – Tu sem espeto não é nada, precisas dessa muleta para aparecer!
Guisa Dinho tomou as dores de Sal Sichão.
– Baixa esse teu nariz empinado, Pol Enta. – Logo quem falando! Sem Gal Eto és zero.
– Vai atrás disso, Guisa Dinho. Tu és comida de pobre!
Doeu.
– E por acaso aqui tem alguém que é comida de rico como eu? – berrou Hamb Burguer. – Sou apreciado do barraco até restaurantes chiques. Um primo meu chega a custar mais de mil dólares, ouviram periferia?
– Mais que eu duvido – redarguiu Ome Lete. Em Nova Iorque tem restaurantes especializado em mim, com dezenas de variações.
Strogo Nofe interrompeu energicamente a discussão.
– Calada! Quietos todos porque estou ouvindo os passos do Chef 1 e do Chef 2, eles é que vão escolher quem de nós é o melhor.
Fez-se silêncio total na cozinha. Os dois Chefs olharam a bancada e apagaram os fogões. O Chef 1 tomou a palavra.
– O que achas de pedir uma pizza pela tele-entrega?
– Boa ideia – entusiasmou-se o outro.
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Mas já?
Um colega de JC, o Osni, tem o hábito de dizer “acabou o ano!” mal termina o primeiro trimestre, para substituir o surrado “o tempo voa”. Há antecedentes. Na falecida Folha da Tarde, da antiga Caldas Júnior, o colunista Hilário Honório foi o campeão de redução. No dia 2 de janeiro, ele escreveu que já estávamos entrando janeiro adentro, que, em breve, viria o Carnaval, depois a Páscoa, o inverno e o Natal e, novamente, o dia 2 de janeiro. Ele terminava seus textos com “Duvidam?”
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A compra da Ceratti
A brasileira Ceratti, de Ribeirão Preto (SP), tradicional marca de embutidos mais conhecida pela sua linha de mortadelas e salsichas, foi vendida para o grupo americano Hormel Foods por US$ 104 milhões. O carro-chefe da Ceratti é a mortadela, em especial a com recheio de pistache. Mas eu gosto muito da salsicha, especial para cão-quente. É especial de primeira. Tomara que os gringos mantenham a qualidade.
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Olho vivo e pé ligeiro
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O enigma coelho
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A vida no internato
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