Publicado por: Fernando Albrecht • 6 dez • Publicado em: A Vida como ela foi •
Batedor de carteira bonzinho, já ouviu falar? Hoje chefiando a Comunicação da Fiergs, a jornalista Enir Grigol chefiou a redação do Jornal do Comércio em épocas anteriores. Certa feita, ela pegou um ônibus no Centro rumo ao JC, na avenida João Pessoa, 1,282. Como chovia que Deus mandava, Enir vestiu uma capa de chuva com capuz que cobria metade da cara.
O coletivo estava quase vazio, apenas algumas pessoas, duas mais ao fundo. Quando ela se preparava para sentar, os dois se dirigiram à saída e lhe deram um encontrão. Pouco tempo depois que chegou ao seu posto, o porteiro a avisou que fosse buscar a sua carteira. Surpresa, botou a mão no casaco e, de fato, ela não estava lá.
Com o coração na boca examinou o pertence furtado. Estava tudo lá, inclusive dinheiro, identidade e talão de cheques. O porteiro explicou que dois sujeitos tinham deixado a carteira com recomendação que entregassem a ela.
Custou a cair a ficha, mas de repente somou 2+2. Diariamente, ela tomava café em um local na esquina e sempre cumprimentava dois senhores que lá estavam todo santo dia. Como entrou apressada no ônibus, nem eles a reconheceram de imediato por causa do capuz e nem ela porque não olhou para a cara deles. Quando abriram a carteira da vítima, viram pela foto da carteira de identidade que se tratava da simpática mulher que os cumprimentava todo dia no café da esquina.
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