Publicado por: Fernando Albrecht • 10 jan • Publicado em: A Vida como ela foi •
Quem conhece Porto Alegre conhece os nossos lotações, vans que foram transformadas e alongadas, que chegam a dimensões de um ônibus, quase. Se for um ônibus dos anos 1950/60, são até maiores. Acredite, tudo começou com Kombis. Antes, até os anos 1960, eram carrões americanos Packard, Buick, Dodge e outros dos anos 1950. Espremendo bem, cabiam umas sete pessoas. Se o cara sentado no meio do banco quisesse sair, era como tirar todas as sardinhas da lata, tirar uma e recolocar as demais. Terminou depois de alguns anos.
Já na década de 1970, um vereador teve uma ideia luminosa: por que não criar um novo serviço, mas, desta vez, usando Kombis? Cabiam oito pessoas mais o motorista. Pegou mais que chiclete de moleque que o gruda debaixo da mesa na sala de aula. Então surgiu a Kombi Lotação. Havia um problema logístico sério, essa caminhonete só oferecia três portas, a do motorista, a do carona e uma colada a esta. Não demorou e a VW disponibilizou estes carros com seis portas. Tudo bem, tudo certo.
Nem tanto. Como alguns passageiros larápios saiam sem pagar, o dono de uma colocou roleta na Kombi. Você já imaginaram uma roleta num veículo desses? Pois é, mas foi o que aconteceu, viajei em várias. Não levou muito tempo para um frotista ter outra ideia luminosa: espichar as vans da Agrale, com assentos para 12 pessoas. Em seguida estenderam as F-100 e outras caminhonetas. E assim foram aumentando até o sistema atual, com micro-ônibus que, por pouco, não são macro-ônibus.
De repente, vai aparecer um vereador sugerindo diploma legal para criar um serviço completamente novo, usar Kombis usadas para fazer a Kombi Lotação…
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