• Ferro na boneca  

    Publicado por: • 19 fev • Publicado em: Notas

    Como na gíria dos anos 1960. O Brasil não é só um país desastrado. É um país mau-caráter. Por que não me ufano deste país?

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  • Sete bilhões, e aumentando

    Publicado por: • 16 fev • Publicado em: Caso do Dia

     Eis como evoluímos para um desastre total. No fim da última era glacial, 10.000 a.C, os humanos vivendo em cavernas e dependentes da caça, pesca e frutas somavam 4 milhões. Quando começou a revolução agrícola e criação de animais, passamos para 5 milhões, no início da era cristã, pulamos para 285 milhões. Houve uma quebra de 85 milhões com a queda de Roma e mais dois milhões de indígenas sul-americanos por causa da febre tifoide.

     Em 1825, a população mundial é estimada em 450 milhões e, no início do século XX, totalizava 1 bilhão de almas, e 1,6 bilhão em 1950. Três anos depois, 20 milhões de chineses morreriam de fome devido à desastrada gestão de Mao Tse-Tung, que queria produzir aço nas terras agriculturáveis. Em 1960, os terráqueos somavam 2,98 bilhões. E aí, inclusive com os progressos da medicina e proibição de anticoncepcionais pela Igreja Católica, o povaréu só fez aumentar. Hoje, somos 7 bilhões.

     Não precisa ser especialista em recursos naturais, em saúde pública, em planejamento urbano e outras para deduzir que vem pororoca das grandes por aí. Sabemos o que acontece com superpopulações.

     Meu mundo perfeito foi até os anos 1960. O Brasil tinha menos de 80 milhões de habitantes e “90 milhões em ação” na Copa do Mundo de 1970. Hoje somos 300.

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  • A madrugada perfeita

    Publicado por: • 16 fev • Publicado em: A Vida como ela foi

     Madrugada, chuva batendo, pingos realçados pelas luminárias na rua, que eu via do segundo andar do apartamento onde eu morava no prédio número 533, da rua Duque de Caxias de meados dos anos 1960. As copas das árvores do lado esquerdo dançavam com o vento, como se quisessem sacudir a água que as molhava. Essa cena está firme na retina dos meus olhos e é uma das memórias mais tranquilizadoras e felizes da minha vida. Naquele apartamento simples, fui muito feliz.

     Da basculante da cozinha, eu via uma boa parte do sul do Guaíba e da cidade de Guaíba do outro lado. À frente, eu tinha a vista descrita. O cenário perfeito para um dia de chuva, vento e frio, debaixo de um cobertor de penas de ganso, que minha mãe fez especialmente para mim. Não raro uma companhia feminina furtava calor dele e do meu corpo.

     Ganhava pouco como bancário, mesmo graduado. A Faculdade de Jornalismo e depois como repórter da madrugada da Zero Hora, completavam minha vida quase perfeita. No banco da Província, eu recebia 600, não lembro se mil ou milhão de cruzeiros. Uma colega de aula, a Genoveva, certa vez, disse-me que eu repetia que estaria tudo bem até o ano que vem se eu recebesse pelos menos 2 mil. Meses mais tarde, quase cheguei lá com o salário da ZH.

     Saudade da madrugada, chuva batendo, pingos realçados pelas luminárias na rua. Retrato de uma das minhas poucas felicidades.

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  • Não vemos as coisas como elas são e sim como nós somos.

    • Talmude   •

  • Façam o que digo…

    Publicado por: • 16 fev • Publicado em: Notas

     Tudo bem, tudo bonito, escolas de samba engajadas na luta anticorrupção. Pena que as escolas vencedoras tenham como padrinhos notórios contraventores. Aí diz uma colega minha “ah, mas todas têm!”. Pior ainda. Esse é um tempo de fariseus.

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