• A futura crise nas finanças mundial 

    Publicado por: • 7 mar • Publicado em: Artigos

    * por Rodrigo Miranda, Coach Financeiro
    coach

    O mercado não se recuperou ainda. Depois da crise mundial de 2008, do subprime, onde havia muitos créditos podres, sem fundos no mercado norte americano, o incentivo à compra de imóveis era muito grande nos Estados Unidos, sem a exigência de muitos compromissos para comprovar renda. A aquisição de bens imóveis ficou fácil e desenvolveu-se uma bolha.

    Naquele ano, uma parte da pirâmide de consumo passou a ter problemas de pagamento. Houve um efeito cascata até chegar aos grandes bancos, que afetou posteriormente afetou os países europeus e chegou até o Brasil. Os mercados não se recuperaram 100%. Uma das estratégias foi imprimir mais dinheiro. Muitos países desenvolvidos, ainda, trabalharam com juros quase a zero para o crédito, o que fomentou ainda mais o consumo.

    Na verdade, alguns deveres de casa não foram realizados no sentido de buscar a sustentabilidade do mercado financeiro. Ou seja, de trabalho e distribuição de renda de forma igualitária e qualitativa.

    Hoje, no Brasil, estamos vivendo uma nova onda de otimismo no mercado financeiro. Recentemente a nossa bolsa de valores rompeu um pico de alta de muitos anos, fazendo com que muitas ações se recuperassem e voltassem a crescer.

    Porém, quando olhamos o nosso dia a dia, conversamos com amigos e familiares, percebemos que o desemprego é muito grande. Muitas pessoas estão fora do mercado de trabalho e não conseguiram se recolocar. Nos supermercados não vemos os alimentos mais baratos.

    Para agregar, a legislação tributária no Brasil ainda é muito arcaica. Estamos vivendo uma das piores crises políticas de todos os tempos em nosso País. E não vemos sinais de melhora. O que vemos são políticos, independente de bandeira partidária, acusarem uns aos outros para tentarem manter-se em seus cargos. Estados quebrados, endividados, crises na saúde, crise na segurança pública, e aí eu me pergunto: por que a bolsa de valores está subindo? Por que o mercado financeiro está em euforia se o nosso dia a ainda, na vida real, o que vemos não condiz?

    Isso tudo vai estourar lá na frente. Por isso que eu indico a mesma estratégia que os ricos ao redor do mundo estão desenvolvendo: que é comprar ouro aos poucos (você pode comprar moedas de ouro para guardar em casa) e, entre 2 a 3% da sua poupança, comprar moedas como os bitcoins e deixar guardado ao longo prazo.

    Não sabemos quando, qual dia, mês ou ano essa bolha vai estourar. Será a futura crise financeiramundial. Mas, quando estourar, será pior do que qualquer outra crise que já existiu. Espero que eu esteja errado e que outros analistas ao redor do mundo e empresários também estejam errados.

    Desejo que esta crise financeira nunca aconteça, mas que, se acontecer, eu, você, nossos amigos e familiares estejam preparados. Por isso a indicação sobre o ouro e os bitcoins, pois se essa crise estourar, o dinheiro de papel que nós conhecemos terá pouco valor ou valor algum.

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  • Sem exportação para o tomate-cereja

    Publicado por: • 6 mar • Publicado em: Caso do Dia

    Há alguns anos, conheci José Benaroch, reitor da Universidade Hebraica de Jerusalém. Como era judeu sefaradi, da Península Ibérica, falava um português de Portugal e nos entendemos muito bem. Pois foi ele que me contou a história do tomate-cereja que Israel deixou de exportar.

    Como boa parte das pessoas detesta países que dão certo, certamente vão torcer o nariz para este relato. Existe lá um sistema espetacular para aperfeiçoar ideias, a de reunir acadêmicos com executivos públicos e privados. Sempre sai uma boa ideia.

    No caso, uma reunião na universidade da qual Benaroch era reitor, discutia sobre exportação de tomate-cereja, desenvolvido por Israel. Então um aluno pediu a palavra. Diante do fato de que um tomate tem 85% de água, o estudante deixou todos pasmos ao dizer que o rei estava nu.

    – Se 85% do tomate-cereja é água, e a coisa que mais falta faz em Israel é água, a verdade é que estamos exportando água que tanto nos falta!

    Depois de algum tempo, os israelenses pararam de exportar tomates-cereja. Passaram a vender só as sementes.

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  • O Enem Sueco

    Publicado por: • 6 mar • Publicado em: Sem categoria

     Nos tempos de colégio, li um livro muito engraçado sobre besteiras escritas por alunos que um professor sueco colecionou durante toda a sua vida. Entre outras, um definiu centurião como um romano com 100 anos de idade; outro caprichou na definição de floresta virgem, “um mato em que a mão dos homens jamais pôs os pés”. Tinha futuro, o rapaz. Mas a melhor foi quando, em uma prova, o professor pediu o nome de três corpos celestes. O cara lascou “Pai, Filho e Espírito Santo”.

     Contei esses casos para uma roda de amigos e todos riram às bandeiras despregadas, especialmente a dos três corpos celestes. Menos um.

     – Ué! Não entendi essa. Quais outros corpos celestes existem?

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  • Notas

    Publicado por: • 6 mar • Publicado em: Notas

    Trânsito Seguro

     Placa-sanduíche instalada na Avenida Osvaldo Aranha pede mais atenção ao pedestre. Ali é ponto de atropelamentos exatamente porque as pessoas teimam em atravessar em local indevido.

    Foto: João Mattos 

    Perdidos

     Cada vez menos os porto-alegrenses sabem por onde andam. Se o celular ou o GPS estiver sem bateria, já era. Além de muitas ruas não terem placas indicativas, as poucas que nos restam são vítimas de vandalismo. Canso de ver motoboys pedindo informações aos motoristas sobre locais conhecidos.

    Placa de nome de rua caída ao chão Foto: João Mattos

    Foto: João Mattos

    De cabelos em pé

     Estou dizendo, estamos voltando às origens. Salões especializados em tratamentos capilares naturais como o SpaDios. São Paulo, oferecem uma volta à Lua. O SpaDios desenvolveu protocolo voltado para o crescimento dos fios chamado Day Moon que contempla a influência da Lua Cheia no crescimento dos cabelos. Se nosso satélite criou as marés, por que não puxar fios de cabelo para riba?

    A prova

     Há muitos anos, comecei a perceber que os cabelos cresciam mais – ou menos –  obedecendo o mesmo intervalo entre uma ida e outra ao barbeiro, mesmo cortando com o mesmo fígaro. Ficou claro que a Lua influencia. Ou era isso ou era coisa de bruxa.

    O esperto

     Nos anos 1970, apareceu em Porto Alegre o Calendário Lunar Pilomax. O cara ganhou uma fortuna, vendeu mais que pão quente. Engraçado como essas coisas são. Qualquer calendário marca as fases da lua. Havia até publicações dirigidas às donas de casa indicando qual o melhor dia para plantar hortigranjeiros. E era só consultar qualquer uma folhinha deles sem desembolsar um tostão. Mas, não, o povo gosta de gastar dinheiro à toa.

    E o sovaco?

    Fiquei numa dúvida atroz: embora não estejam voltados para a Lua, cabelos do sovaco também seriam influenciados pelas fases lunares?

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  • Procura-se um amigo

    Publicado por: • 5 mar • Publicado em: Caso do Dia

     Impressiona o número de pessoas que elogiam o Hospital São Francisco da Santa Casa de Porto Alegre. Não só ele como o complexo todo. Há uma brutal diferença entre os hospitais de antigamente e os de hoje, e não é só a tecnologia. Os funcionários transmitem, além da eficiência, algo que não se ouve falar muito nos dias que correm, o calor humano para com os pacientes.

     Lembro de como era diferente em décadas passadas. Quando ia visitar meus pais ou amigos no hospital eu rezava para que o atendimento fosse mais caloroso, essa coisa de calor humano a que me refiro. Na época se dizia que a equipe de médicos e enfermeiras não tinha muito tempo para confraternizações. Havia uma frieza profissional, e não necessariamente por má vontade. Era assim.

     Os tempos mudaram e hoje todas as organizações incluindo hospitais sabem o valor que tem um sorriso e uma legítima preocupação para saber do paciente se tudo estava ok. Nisso o mundo da saúde melhorou enormemente, pelo menos por estas plagas, não sei como é lá fora.

     É aquela coisa que sempre me vem à cabeça: existe ser mais frágil que uma pessoa doente? E existe pessoa mais carente que um paciente sem receber um abraço sincero do corpo clínico?

     Pelo menos nisso melhoramos muito.

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