• Espanto de alienígena

    Publicado por: • 8 mar • Publicado em: Caso do Dia

     Se um ET advogado ou magistrado descesse aqui e se inteirasse pelo nossos sistema jurídico e lhe dissessem que estamos discutindo se um réu pode ou não ser preso, mesmo depois de condenado em segundo grau, pegaria sua nave e nunca mais voltaria. Visto de algum planeta distante, parece que a legislação brasileira detesta ver alguém preso.

     Ele teria um ataque de nervos se soubesse que, além de ser permissiva, a legislação penal bota a escumalha na cadeia, mas não há mais espaço físico  para ela. E aí o que fazem? Leis apara esvaziar os presídios em vez de criar novos. Um bom exemplo é o Decreto Presidencial da dona Dilma, de junho de 2011, que só contempla com prisão imediata quem comete delitos com penas iguais ou menores que quatro anos.

     Provavelmente, por essas e outras que os ETs não descem aqui.

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  • Dos pássaros aos aviões

    Publicado por: • 8 mar • Publicado em: A Vida como ela foi

     Há cinco anos, a Lufthansa estreou o primeiro Airbus A320 da frota equipado com extensões nas pontas das asas, os sharklets – não confundir com os atuais winglets. Com 2,50m de altura e em formato de barbatana de tubarão, daí o shark, permitem uma economia no consumo de combustível de até 4%. Mais uma vez, a natureza inspirou a engenharia aeronáutica. Pássaros grandes, como o grou e o condor, dobram as penas durante o voo e, com isso, dispendem menos energia e ficam no ar por mais tempo.

     Regurgitei uma história que me perturba desde os tempos de adolescente. A revista Seleções do Reader’s Digest, muito lida na época, trazia o caso de um piloto da Marinha dos EUA que, na segunda metade dos anos 1940, constatou o mesmo fenômeno nos pássaros quando voava em um caça Corsair sobre as ilhas do Pacífico Sul. Depois de estudar o voo das aves, chegou à mesma conclusão que a engenharia aeronáutica quase 70 anos depois.

     Nunca esqueci aquele texto, lido e relido com fascinação. Sou capaz até de fazer um desenho tosco da ilustração. O piloto naval chamou esta técnica de dobrar as penas das asas de “ângulo diedral”. Sugeriu que os fabricantes de aviões usassem o mesmo estratagema. Afinal, se com menos energia os pássaros voavam mais, deveria acontecer o mesmo com os aviões.

    Ninguém o ouviu.

     Estava à frente do seu tempo.

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  • No Brasil, a única coisa permanente é o provisório.

    • F. A. •

  • Notas

    Publicado por: • 8 mar • Publicado em: Notas

    Há vagas

    Já são tantos os demitidos na imprensa gaúcha, de dois ou três anos para cá, que dá para abrir uma emissora de TV, pelo menos duas emissoras de rádio e um jornal de bom tamanho.

    Uma ponte longe demais

    Caso Lula não possa disputar a eleição, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) ocuparia seu lugar com pouco mais de 20%. Ou seja, se o candidato de esquerda não comparecer, sobe o candidato da direita oposta. Por isso é que sempre é preciso ressaltar que ainda falta passar muita água debaixo dessa ponte.

    Visão turva

    As águas não só não chegaram como ainda estão turvas. Por enquanto é difícil cravar qualquer nome na bolsa de apostas no Grande Prêmio Presidência da República 2018. Os cavalos ainda estão no partidor e esticar um focinho já é considerado como provável vencedor pelos apostadores. Alguns da imprensa.

    Quem manda no pedaço

    O Brasil é governado por vários entes, entre eles o corporativismo, as facções criminosas, pelos senhores feudais da política. O governo pensa que governa mas apenas estrebucha. O povo pensa que vota, mas apenas unge aqueles que lhe foram indicados ou os que prometem o paraíso em terra.

    Campeão

    O BRDE contratou R$ 2,2 bilhões em financiamentos nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, em 2017. O diretor-presidente, Orlando Pessuti, ressaltou que o Banco encerrou o ano mantendo-se como o maior repassador de recursos entre as instituições credenciadas pelo BNDES na Região Sul e o sexto colocado quando são considerados todos os estados do País.

    Longo prazo

    É um interessante ponto de vista esse do Coach Rodrigo Miranda. O enfoque dele é uma das teclas mais gastas do meu piano, o egoismo e a falta de visão de longo prazo. Aliás, nem mesmo de médio prazo temos mais. Afora os apóstolos do alerta, marchamos alegremente para o desastre. Leia clicando aqui.
     

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  • Os empreendedores do lixo

    Publicado por: • 7 mar • Publicado em: Caso do Dia

     Vejam vocês como se encontra empreendedorismo em qualquer ramo de atividade. Em Porto Alegre, temos os catadores de materiais recicláveis fixos, que esperam os caminhões da limpeza urbana do DMLU, e os que vão à cata deles, seja como os caras de rua, seja com recolhimento ilegal de lixo com Kombi e outros veículos. A velha história de Maomé ir à montanha ou ela ir a ele. E digo isso sem nenhuma forma de troça ou por achar engraçado.

     Recentemente os fixos reclamaram que o volume de recicláveis vem caindo, talvez por questões sazonais, e acham que os culpados são os que se antecipam aos caminhões e ao arrepio das regras da prefeitura. Sim, pode ser. Mas, como em todo ramo de atividade, há os vivos e os mais vivos. Dá para dizer que, ilegais ou não, são empreendedores, os que de uma forma ou outra levam vantagem sobre os outros.

     Estranho mundo esse nosso. Como diz o povo, quem não corre, avoa.

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